domingo, 28 de dezembro de 2008

O dia em que São Paulo parou (hu hu)

Parecia sonho. Saimos do prédio, Peacock e eu, e nenhum, nenhum, nenhum carro passou na nossa frente. Caminhamos livremente pelo bairro. O único som vindo lá de cima - os aviões, que jeito...viver em Moema é isso aí.

Na hora do almoço, os bares e restaurantes vazios. Ninguém nas ruas. Ninguém nos pontos de ônibus. Lojas fechadas. Acho que foi a primeira vez que eu atravessei as ruas sem olhar para os lados. Isso aconteceu mesmo??

Ah, como eu adoro São Paulo no Reveillon e no Carnaval!!! Saem uns dois milhões de pessoas e ficam apenas uns oito milhões.

Mas acho que esses dois milhões que viajam são os que têm carro. E que buzinam.

:-)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

HO HO HO!


Mamãe Deb Noel deseja um Natal de muita paz e harmonia aos homens de bem! E aos de mal também...afinal, Natal é tempo de perdão e compreensão.
E que em 2009, todo mundo ande mais a pé e buzine menos. Que São Paulo seja uma cidade cada vez mais simpática com os pedestres e que essa tal de crise não seja tão braba assim.
No mais, no mais, muita alegria e energia no ano que vai nascer!
Beijosss
:-)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

SP 911

Não, não. Eu não precisei ser resgatada ontem das enchentes em São Paulo. Eu fui salva de tal perigo porque eu tive que ir atender uma outra emergência: uma amiga em lágrimas. Para dar um abraço de Natal apertado antes que ela viajasse, cheia de dor no peito, peguei o velho e bom caminho rumo à civilização: buso + metrô. Oito estações de metrô me separam dela. Saí de casa com sol e céu limpo - quase fui de Havaianas! Almoçamos e depois voltamos para a casa dela para um café. Café tão longo. E ela chorava e ria e chorava e ria. Que nem percebemos a quantidade de chuva que era derramada do lado de fora. Dilúvio dentro e fora de casa. Mas nem botei muito reparo na tempestade.

Foi só quando eu já estava voltando para casa, para lá das 19h, de carona com o Peacock na nossa Ferrari-modelo-Celta, que eu vi o tamanho do estrago. Na rua Ascendino Reis, já bem perto de Moema, uns seis carros estavam com marca d'água até o vidro, alguns já estavam sendo resgatados pelos guinchos. Que estrago! Cheguei em casa, abri o UOL e vi uma foto dessa rua. Céus! A água subiu muito por aqui!

Vejam a foto da rua em questão aqui (fotos 10 a 14).

Hoje o dia está lindo de novo. Já fui dar um rolê no parque das bikes. Ouvindo meu radinho-de-celular, fiquei sabendo que vem mais água no fim da tarde. Hoje eu levo galocha, capa e caiaque.

E assim será mais um verão em SP...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Uma tarde em Cumbica

Foram duas horas da minha casa até o aeroporto international. Verdadeiro inferno. Marginal imobilizada. Motoqueiros passando ao meu lado com aquela buzina incessante. Situação tal que só reafirmou minha convicção de que é a pé que se vai longe. Prometi a mim mesma que minha cota de Guarulhos tinha chegado ao fim. Não levo e não busco mais ninguém. Ponto.

Chegando lá, na asa D, comprei uma revista, pedi um café e sentei para esperar o vôo que estava vindo de Santiago. Tinha duas horas pela frente. Cheguei bem mais cedo por causa de um troço chamado rodízio. Quando o monitor do aeroporto me avisou que o vôo LAN 0754 tinha pousado, fui lá esperar no desembarque internacional. Tinha uma galera na espera.

Fique meia hora ali em pé, assistindo um monte de reencontros, abraços apertados, lágrimas e até broncas.

Uma mãe loirinha sai pela porta com seu bebê loirinho. É aplaudida por uma meia dúzia.

Uma senhora sai na cadeira de rodas, levada por um funcionário do aeroporto.

Um homem de uns 40 anos mal sai e um menino de uns seis anos sai correndo, pula no colo dele e grita: paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!!!

(pronto, já estou chorando)

Duas meninas de casaco pesado de inverno saem com uma funcionária e plaquinhas penduradas no pescoço. Desta vez é um pai que sai correndo abraça as duas chorando e grita: fiiiiiiiiiiiiiilhas!

Sai um surfista todo tatuado. Hum...

Mais surfistas. Opa, deve ser o vôo vindo lá da Oceania (Sidney-Auckland-Santiago).

Dois casais aparecem e, ao meu lado, uma turma imensa começa a gritar: "Il, il, il, Portugal tá no Brasil". Chegou o vôo de Lisboa.

Uma adolescente desponta na portinha e seus pais mal esperam que ela saia. Quase invadem a área proibida.

Uma menina com ar de intelectual, com uma meia xadrezada por cima de uma meia calça preta, óculos de aro preto, cabelo picotadinho-moderninho, sai pela portinha desfilando, com seu ar blasé.

Um moça sai com carrinho de bebê, empurrando ora o carrinho, ora as malas. Vê um senhor - deve ser o pai dela - dá-lhe uma senhora bronca e empurra as malas para ele. Hum...o vôo foi cansativo.

Uma família com ares de nova rica sai em fila indiana. Primeiro o pai, depois a mãe (cabelos platinados batendo no bumbum) e, por fim, a babá segurando o menino. Para onde eles foram? Quero ser babá dessa família!

Gentes e gentes com muitas caixas de whisky, vinho, champagne.

Velhinhas sorridentes.

Homens de negócio sem ninguém que os esperem.

E, finalmente, meu pai aparece. Todo amarrotado e cansado das 20 horas de viagem. Corro entre as pessoas para tentar socorrê-lo com sua bagagem.

Peguei o trânsito de volta para São Paulo feliz. Emocionada com a emoção alheia. Pensando na lindeza que é sentir saudade. E na responsabilidade imensa que aquela portinha automática da Polícia Federal tem em resolver essas nossas faltas.

Desfiz minha promessa de não ir mais a Guarulhos e, em fevereiro, estarei lá de novo para ver minha irmã e a minha sobrinha que ainda nem conheço despontarem pela portinha. Minha mãe vindo logo atrás. E meu cunhado carregando as malas (que é a função dos maridos/genros).

Duas horas presa na marginal não é nada quando se trata de rever quem a gente tanto ama.

:-)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

The city of blinding lights


Adoro SP no Natal! E olha que o povo economizou nas luzinhas este ano. Crise chata. Crise boba. Mas vejam só como o tradicionalíssimo colégio Arqui(diocesano) caprichou na decoração. Minha câmera ajudou e transformou alguma luz da rua numa lua quase cheia.
Que venha o Papai Noel :-)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mercado livre


Sempre me surpreendo com a quantidade de coisas absurdas que se vende nos faróis de SP. Mas hoje foi demais: vi dois caras, em pontos diferentes da cidade, vendendo gramofones!


Tá na moda ter gramofone em casa? É para deixar ao lado da máquina de escrever e do vídeocassete?

domingo, 14 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Chuva e Liberdade

Eu adoro tomar chuva. Mas tinha me esquecido disso. Porque depois que a gente cresce e começa trabalhar e ver o Jornal Nacional, chuva vira sinônimo de encrenca: trânsito, acidente, alagamento, deslizamento de terra, tragédia.

Pois ontem, passeando com duas amigas muito queridas pelas ruas estreitas da Liberdade, eu senti uns pinguinhos no meu braço. E foi o suficiente para retomar meu gosto pela chuva. Nos abrigamos numa doceria dessas premiadas por revistas-guia de SP, a Alteza - onde eu vi, pela primeira vez, uma mousse de chá verde. Só na Liberdade mesmo!

Antes, entramos numa lojinha japoronguinha para ver kimonos, katanas, hakamas e outros artigos de nosso interesse. Dogi (kimono) caro demais para os nossos padrões financeiros atuais, demos meia volta e seguimos para a Alteza.

E a chuvinha caindo.

Na Alteza, que fica na rua Américo de Campos, ficamos de papo para o ar, tomamos café, comemos um delicioso biscoito de amêndoas e falamos da vida. Quando deu nossa hora, descemos a rua rumo à Galvão Bueno para assistirmos a entrega de faixa da Ritinha.

E a chuvinha caindo.

Foi então que eu me dei conta de que a chuva e a liberdade só fazem sentido juntas. Pois enquanto eu estava presa dentro de uma agência, com meus horários sempre corridos e com as demandas sempre para ontem, funcionando tal qual um relógio, de segunda a sexta, eu só sabia do tempo pela TV. E a chuva era uma inimiga.

Ontem, ela protagonizou o encontro de três grandes amigas, às 17hs da tarde de uma quinta-feira. E arrasou no papel.

Nada como ir à Liberdade debaixo de chuva.



ps: ah sim, e depois do treino, comemos em um dos tantos deliciosos japas dali que eu, óbvio, já esqueci o nome

ps2: temos fotos desse dia chuvoso, assim que a Ritinha mandar, posto aqui

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Duas pessoas por dia

É esse o número de pedestres que São Paulo mata diariamente. Leia mais sobre essa estatística perversa na matéria do G1.

Diz lá no texto que a prefeitura vai realizar uma série de obras para melhorar a vida de nós, pobres pedestres!

Entre as obras estão a pintura e manutenção das faixas de pedestres, a troca e instalação de gradis em vias e corredores de ônibus e a melhoria da iluminação nas áreas de travessia de pedestres. Os trabalhos serão feitos principalmente nos corredores de ônibus e cruzamentos onde costumam ocorrer o maior número de atropelamentos.

AÊEEEEEE! Aleluia, hein?

Aliás, seu prefeito, se quiser uma consultoria de pedestres para realizar essas obras, conte com SP a Pé e seu colaboradores fiéis :-)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ando depressa porque nunca fui devagar

Sou meio apressadinha mesmo. Não nasci de sete meses. Mas sou rapidinha. Tenho perninha curta, mas ando depressinha. Enrolo para escrever meus textos, mas quando sento na frente do PC, escrevo matéria grande em menos de uma hora. Falo rápido. Segundo meu husband, tenho uma certa compulsão "por falar" (mas minha amiga Geovana é imbatível!). Quando jogava futebol, meu técnico me chamava de Speedy Bee - corria feito uma retardada pela quadra. Era a mais ágil. E a mais inútil, não fazia um golzinho. Mas deixava as adversárias atrapalhadas.

Só tem duas coisas que eu faço bem devagar: dirigir e comer. Não sou apressada no volante porque morro de medo dos motoristas de SP. E aí sim, detesto que me apressem. Faço dedinho para os buzinadores de plantão - mas só quando Mr. Peacock não está do lado, senão ele briga comigo. E comer, bem, eu amo comer. E quando a gente gosta muito de uma coisa, a gente faz beeeem de-va-gar-zi-nho.

Pois o aikido me ensinou a ter paciência e a ser menos ansiosa. As coisas têm seu tempo de maturação. Sua hora para acontecer. E sua razão de ser. Não dá para ter pressa. E o melhor de tudo: o caminho é bem mais divertido que o destino.

Mas na hora do exame, minha gente, não tem por onde! Saio rodopiando e quando vi, já foi.

Assim como não gosto que me apressem no trânsito, não gosto que me freiem no aikido. É tão ruim assim deixar o movimento fluir dentro do nosso ritmo?

Eu sei que aprender a respirar junto com o movimento é uma arte. Um dia eu chego lá. Por hora, sigo pisando nos 150km/hora.

Apressadinha ou não, o fato é que agora eu sou faixa verde!

:-)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Focando a energia

Tenho andado pouco e treinado muito. Domingão tem exame e, se Deus e eu quisermos (e os senseis da banca, claro), vou virar faixa verde. É a maioridade do aikido! Basicamente significa que eu vou tomar muita porrada daqui para frente.

E também que essa aventura tá só começando.

Semana que vem eu volto ao normal. :-)


ps: na foto, o momento final do meu último exame...os senseis já estavam roncando...zzzzZzzzzZ

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Índia a pé, de trem e de "auto rickaw"

Minha fofíssima afilhada Flora está na Índia. Sim, acreditem: a primeira viagem international dela não foi para a Disney, mas para aquele paisão gigante, intrigante, paupérrimo em recursos e riquíssimo em história. Ela está lá com o pai, a mulher do pai, os irmãos (mais novos que ela) e o tio. Uma viagem familiar super planejada e desejada. Não sei se o lugar onde ela está é super conectado ao mundo. Mas de quando em vez ela consegue atualizar o blog dela. Se vocês querem saber como é o tour de uma menina de 11 anos pela Índia, é só dar uma passadinha lá no Made in India. Divirtam-se!

Enquanto isso, num outro canto remoto do mundo, aquele pedacinho de terra chamado Nova Zelândia, meus pais também estão batendo muita perna. Acho que já rodaram Auckland inteira, de cima a baixo. Do Domain Park às ilhas de Rangitoto e Waiheke. Ai que saudade de caminhar por lá...Pena que eles não têm blog. Mas vejam abaixo a cara de FÉEEEERIAS dos véios. Na foto, se não me engano, eles estão em Mission Bay. É isso, mami?

Boas caminhadas para vocês! E beijem muito a Marininha por mim!


ps: eu mesma tenho andado muito pouco por SP, daí a redução drástica dos posts. Estou ficando tempo demaaaaais com a bunda sentada na cadeira. No me gusta...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Juquey a pé

Ah, como é bom sair um pouco da selva paulistana e pisar na areia...na água (que tava gelaaaaada), tomar um solzinho depois de tanto tempo enclausurada no meu home-office, olhando para esse pequenino note...

O Ministério da Saúde adverte: não ir à praia de vez em quando faz mal à saúde.

A única coisa chata é perceber que mesmo longe de SP, essa elite-do-carrão paulistana continua se comportando da mesma maneira de quando estão na cidade. Correm nas ruas estreitas de Juquey, atropelam qualquer um que atrapalhar o caminho deles, param na avenida piorando o trânsito - sim, existe trânsito lá...deprê - e tratam vendedores de côco e de sorvete como mais alguns de seus servos.

Isso sem contar as pobres babás que não são autorizadas a usar sequer um shorts. Ficam arregaçando as calças para poder correr atrás dos filhos de suas patroas na beira do mar. E, claro, sempre de branco. Não porque são enfermeiras ou algo do gênero, mas porque a família precisa deixar bem claro que ela não pertence ao clã. Que ela é uma criada. Ou elas. Porque tem família que leva uma babá para cada filho.

Vem cá, essa gente nunca relaxa? Não conseguem simplesmente ir à praia como pessoas normais?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Testemunha

Palometes veio almoçar hoje comigo na Sobrado. Na volta para casa, ela presenciou o horror que é ser pedestre em Moema. Ficou chocada com a forma como os motôs passam pelas rotatórias e o quão assassinas são as esquinas.

Eu digo e tem nêgo que diz que eu sou chata, mas é a mais pura verdade: em Moema os motoristas são ainda mais mal educados que no resto de SP.

Agora tenho testemunha.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Por onde tenho andado?




Nem eu sei mais. Caminhos desconhecidos. Ruas novas, ainda sem nome. Avenidas largas e perigosas, viadutos altos, pontes que me levam a que lado? E esse buraco, já existia? E essa lombada? Nem tinha notado...a cidade muda depressa demais. Daí o desencontro a cada instante. A paisagem vai mudando. Não é preciso cair numa ilha do Pacífico para se sentir meio lost. Basta estar em São Paulo. E deixar-se perder.


Existe GPS para a vida?

sábado, 22 de novembro de 2008

O carrão e a ecobag

Um dia a minha amiga Claudia ouviu na CBN um comentarista dizendo o quão antagônico ele achava as crianças bem nascidinhas de SP terem aulas sobre meio ambiente e sustentabilidade e, ao saírem da escola, entrarem nos carrões 4x4 bebedores de combustível da pior qualidade de suas mamães que adoram parar em fila dupla.

Pouco tempo depois, abri a revista Vida Simples - a de dezembro, embora dezembro ainda não tenha chegado - e vi que um dos colunistas tratava do mesmo assunto (mil desculpas por não me lembrar nem do nome dele e nem de linka-lo aqui, mas é que a coluna não está no site da revista e eu deixei a edição com minha priminha Olívia que estava internada num hospital essa semana!!)

Mas ele dizia algo mais ou menos assim: que as mesmas pessoas que usam esses carrões gigantes e poluentes são as mesmas que estão aderindo às ecobags - sacolinhas retornáveis. E ele questionava qual o efeito da sacolinha se o meio de transporte era mil vezes menos sustentável. E que, dessa forma, o uso das ecobags não passaria de modismo.

Pois esse cara (ele é publicitário, mas não lembro o nome...grrrr) pegou num ponto interessante. O problema não é ter um carro desses, mas não ter consciência de seus atos, das suas escolhas e do modelo de vida que estamos construíndo, baseado no consumo, na reposição imediata de produtos, no descarte dos materiais. E, pior de tudo, ser duplamente alvo dos modismos, já que ter carrão é bacana e usar ecobag também.

Boa reflexão...

ps: juro que não escrevi esse texto porque não tenho dindim para comprar carrão, rs!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Na Paulista

Feriadão em SP. Treinei aikido feito uma demente - agora eu pego a faixa verde! - e à tarde fui ao cine com o Tó. Fomos ver Vicky Cristina Barcelona. Muito bom!!

Saímos do Center 3 e fomos caminhando na direção da Gazeta. Logo depois do Masp, tava rolando um ensaio de um coral da Fundação Bradesco na frente do banco, já todo decoradinho de Natal. Ficamos ali assistindo um tempo. Depois atravessamos a rua e tomamos duas cervas num butecão chinelão. Entre cinema, coral e bar, vi mais ou menos uns dez casais de mulher-com-mulher. Acho que ontem era o dia da consciência lésbica e não negra!

Mas é disso que eu mais gosto na Paulista, você vê de tudo ali. Assistindo o ensaio do coral, tinha casal gay, mendigos, meninos-engraxates, casais simples, casais muuuudernos, amigos-adolescentes, povo do skate, povo da bike, meninas da noite, trabalhadores voltando para casa, turistas buscando os melhores ângulos da árvore de Natal e quem mais por ali passasse. A muvuca tava chamando tanta atenção que teve até batida de carro. Imagine quando o coral for cantar de verdade! Vai rolar engavetamento na Paulista.

Ontem fazia uma noite fria e tava tudo tão iluminado, que olhei a torre da Gazeta e até cheguei a fantasiar que estava em Paris, olhando a Torre Eiffel. Mas para São Paulo virar a cidade-luz, uh, eu teria que ter tomado bem mais que uma garrafa de cerveja! Afinal, não existe cidade feia. É você que não bebeu demais.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Moto na calçada não poooooooooode

Fui duramente cobrada por uma leitora por estar tanto tempo sem postar.

Cá me explico: essa semana eu não consegui fazer nadica. Só fiz correr para lá e para cá - e de carro. Podem calcular o quão mal-humorada eu fiquei, afinal, detesto dirigir. E pior, dirigir até o aeroporto de Guarulhos, de madrugada, com chuva. Comecei a semana assim.

Mas passou, passou, passou.

O que tenho a relatar dentro do espírito "SP a pé" ocorreu hoje cedo, quando estava indo para uma dotôra. Um motoboy entrou com tudo numa calçada - sim, no único recanto donde um pedestre deveria se sentir seguro. Aí ele viu um obstáculo - um velhinho - e freou bruscamente. Ele começou a pedir licença para o senhorzinho. Mas o obstáculo não estava escutando, tadinho. E o motoca avançando no velhinho. Aí eu passei por eles e gritei pro motoqueiro: QUERIDÃO, MOTO NA CALÇADA, NÃO!

Sabem o que ele respondeu?

"Mas é que eu estou entregando jornal nos prédios."

Ah tá.

Um dia ainda vai baixar o Michael Douglas em mim e vou sair por aí atirando nessas mulas que fazem tanta asneira no trânsito de São Paulo. Ou seja, vai sobrar pouca gente.

sábado, 15 de novembro de 2008

A SPTrans e o desrespeito com o usuário do ônibus


Fiquei uns dias sem postar, mas não sem andar por aí. Fui até um bairro bem distante chamado Jd. Aracati. Sabe a represa do Guarapiranga? Então, como diria Lenine, é mais, é mais, é mais além. Acho que é um dos extremos da cidade, afinal, lá tem verde, as ruas são mais largas, tem um ar interiorano que a periferia de SP normalmente não tem. Fui lá com o Tó em mais uma missão Classe C. A viagem tem que ser feita em duas etapas: primeiro até o terminal Santo Amaro e depois até o Jd. Aracati, passando pelo famoso Jd. Ângela.


Mas esse post, na verdade, é para falar de outra coisa: dos pontos de ônibus da cidade. Se por um lado os terminais são super bem estruturados e com bastante informação - inclusive com pessoal da SP Trans - os pontos espalhados por aí são despadronizados, mal feitos e sem as informações necessárias para o usuário.


Ontem eu fui até o Butantã, pertinho da USP. Para ir até lá saindo aqui de Moema, são necessários dois ônibus, claro. Fui até a Teodoro, desci, e caminhei até a Cardeal para pegar o segundo bumba. Chegando lá, os ônibus ignoraram meu dedinho esticado. Alguém me avisou que ali, só intermunicipal. Não tinha uma mísera placa me informando. Caminhei até o segundo ponto. Chegando lá, vi um ônibus que me servia, estiquei o bracinho e acelerei o passo. Ele fez que ia parar mas não parou. Fique de pata correndo atrás dele. Bacana. Esses dois pontos são daqueles só de plaquinha, sem cobertura nem nada. E a chuva ameaçando cair...


Resolvi descer de vez até a Rebouças porque achei que ali teria mais opções. Que ponto horrível aquele do corredor da Rebouças! Um mundaréu de gente. E se o ônibus para lá atrás e você está lá na frente, pergunta se você consegue sair correndo no meio daquele pessoal para chegar a tempo no buso. Esquece.


Na volta, parei num ponto da Corifeu que, ufa, esse sim tinha tetinho. Aí eu fui sentar e....oooops, quase caio! Uma parte do banco estava solta. Aí chegou uma gordinha (mais gordinha) e sentou também. OOOOOOPS. Escorregamos! Mas o banco não chegou a cair, só inclinou. Conseguimos ficar sentadas apoiando os pés firmemente no chão. Bem, esse ponto tinha teto, mas não tinha placa com os ônibus que passavam por ali. Como estava sem pressa, fiquei observando um tempo os ônibus que passavam para ver qual era a melhor opção. Vinte minutos depois cheguei a uma conclusão. Técnica lusitana né? A cidade nos obriga a isso.


Agora, vem cá, é tão difícil assim padronizar os pontos e fazer uma coisa decente? É tão difícil assim colocar informações sobre as linhas que servem os pontos? É tão complicado fazer teto? Banco que não quebre? Por que somos tão maltratados?


Se São Paulo é a cidade mais rica desse país, ela merece pontos de ônibus que façam juz a esse status.
(Crédito: Foto do jornal O Globo)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os percalços de um pedestre

Há duas semanas, recebi um e-mail muito legal de um leitor do blog. Ele conta suas aventuras como: motorista, motoqueiro e, por fim, pedestre - todas igualmente traumáticas. Afinal, viver em Sampa é uma aventura por si só.

Pedi a autorização dele para postar o depoimento. Como vocês podem ver, a vida de pedestre é mais dura do que se imagina. Depois de ler essa história, parei de olhar para o chão e passei a olhar para cima, morrendo de medo dos objetos voadores!

Andar a pé por São Paulo é coisa que já fiz por muito tempo e acabei desistindo por vários motivos. Por muitos anos enfrentei de carro o trânsito da cidade, onde circulava por mais de 100 km diários. Após várias crises emocionais, uma fobia que permanece até hoje e dois motores fundidos em engarrafamentos, resolvi virar motociclista. Quatro anos depois e dois acidentes contabilizados, abandonei a moto e virei usuário de buzão e metrô. Descobri então que os quatro quilômetros que separavam a minha casa da estação do metrô poderiam ser percorridos a pé, na mesma velocidade média que os ônibus. Então, virei pedestre!

Para mim, andar a pé sempre foi motivo de prazer. Era praticante de montanhismo e percorria a pé muitos quilômetros nos finais de semana. Praticava travessias entre cidades, como por exemplo ir de Petrópolis a Teresópolis caminhando pela Serra dos Órgãos; de Pindamonhangaba a Campos do Jordão, subindo a Serra da Mantiqueira, e muitos outros caminhos. Sempre que viajo para outras cidades, reservo um ou mais para caminhar pelas ruas. Por exemplo, troquei uma visita à Estátua da Liberdade por uma caminhada por Manhattan, percorrendo as ruas da ilha num zig-zag inesquecível. Em Paris, gastei um dia inteiro percorrendo ruas históricas desde a Bastilha até o Arco do Triunfo. Recentemente no Rio de Janeiro, mostrando a cidade para minha mulher, caminhamos da Praça XV até Copacabana. E assim tenho feito em todo lugar que visito, pois acho que é a pé que se conhece um povo e sua cidade. A bordo de um carro ou ônibus, tudo passa muito rápido e tudo fica muito distante.

Mas ser pedestre em São Paulo, como dizem, NINGUÉM MERECE! Posso contabilizar muito mais acidentes ou riscos de acidentes andando a pé do que de carro ou ônibus. Além dos atropelamentos, torções de pé, "abordagens" de diversas naturezas, teve até uma caixa de banana que voou de cima de um caminhão dirigido em alta velocidade, passou raspando por minha cabeça e foi se estraçalhar logo à frente, espalhando bananas por todo o lado. Falando em coisas que passaram sobre a minha cabeça, lembrei-me de uma tragédia: uma pessoa atropelada logo atrás de mim foi arremessada para o alto e passou por cima deste abnegado (ainda naquela época) pedestre.

Por essas e muitas outras, acabei desistindo do pedestrianismo. Hoje, graças à minha aposentadoria, moro longe do centro expandido e minha circulação é quase que local e feita num carrinho UM PONTO ZERO. Quando necessito ir a esse centro, deixo meu carrinho numa estação de metrô e uso esse transporte coletivo.

sábado, 8 de novembro de 2008

Conversas de rua

Na ida. Sentido centro. A pé.

Conversa de duas amigas apressadas:

- Mas você vai ver só! 2009 vai ser um ano muito bom para mim! Vai ser o MEU ano.

- Ué, por que só seu? Vai ser meu também!

Na volta. Sentido bairro. No metrô.

Duas amigas "xóoooooovens", com um MP3 ligado bem alto, cantam um rap bem chatinho juntas. E quando chega na parte dos palavrões, elas cantam mais alto.

- Adolescente é bicho meio besta né?, diz uma senhorinha.

Na volta. Sentido bairro. No ônibus.

- Não vai dar tempo! Não vai dar tempo!, diz a mulher ao meu lado, querendo puxar papo

- Vai dar sim..., respondo

- Não vai. Nunca vai. Odeio essa cidade. Odeio esse trânsito. Tudo é fila, tudo é trânsito, tudo é demorado. E cada dia mais e mais gente. Não pára de chegar gente.

- E a senhora, de onde é?

- Ah, mas eu já moro aqui faz tempo...já sou da cidade

- Claro, tem razão. Mas pensa bem, assim como um dia você veio, outros também têm o direito de vir. E uma vez aqui, todos pertencem à cidade.

- Eu sei...mas eu quero é voltar para Pernambuco. Não vai dar tempo...a médica não vai me esperar...

- Calma. Tá chegando. Daqui até lá é um pulo. Dez minutos.

- Nada é dez minutos nessa cidade...

- Às vezes a gente dá sorte...opa, chegamos! Agora desce do ônibus, corre até a clínica e segura a médica na porta. Se ela não estiver mais lá, ao menos o passeio foi divertido, não?

- É...rs

Faço a mulher sorrir um pouco. Ela desce. Eu desço dois pontos depois.

Essa cidade acaba com o humor das pessoas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Titia a pé!

Amanheci titia! Marina nasceu! Minha primeira sobrinha, filha da Marri, minha irmã mais velha. Ainda não vi a carinha da princesa. E só vou conhecê-la em fevereiro. Isso porque a bichinha nasceu na Nova Zelândia (logo ali, rs). É uma brazuquinha-kiwi.

E como boa tia andarilha que sou, já comprei a Havaianas Baby da Marininha. Para ela dar os primeiros passinhos em grande estilo!

Bem-vinda, florzinha! A vida assusta um pouco, mas é tão linda.

Como diria Caetano, nós aqui no Brasil...

"...Lhe damos as boas-vindas
Boas-vindas, boas-vindas
Venha conhecer a vida
Eu digo que ela é gostosa
Tem o sol e tem a lua
Tem o medo e tem a rosa
Eu digo que ela é gostosa

Tem a noite e tem o dia
A poesia e tem a prosa
Eu digo que ela é gostosa

Tem a morte e tem o amor
E tem o mote e tem a glosa
Eu digo que ela é gostosa
Eu digo que ela é gostosa"

domingo, 2 de novembro de 2008

Uma tarde em Heliópolis

Ontem, sabadão, fomos eu e meu amigo e sócio Tó, fazer um trabalho em Heliópolis - considerada uma das maiores favelas de São Paulo. Fomos fazer uma pesquisa para a empresa que estamos montando, a Classe C. Pegamos o buso Terminal Sacomã e depois a lotação Vila Arapuá - Via Estrada das Lágrimas.

Nossa anfitriã foi a Maria, minha faxineira, que vive ali há 25 anos. Conhece cada viela, cada vizinho, cada etapa pela qual o bairro já passou. As ruas são super apertadas, a fiação é densa e a aglomeração de gente e de casa desafia qualquer conceito de urbanização e arquitetura. Mas três coisas me chamaram muito a atenção:

- as pessoas estavam todas na rua, conversando, bebendo, lavando carro, crianças brincando, som alto rolando. Isso me deu uma sensação de que o bairro tem muito mais vida que os bairros de classe média alta que se fecharam em prédios e condomínios. Por mais que falte espaço para o lazer, as pessoas invadem as ruas e fazem delas seu lazer.

- as casas são difíceis de entender. Começam por uma porta, de onde sai um corredor, uma escada, um andar acima e, pronto, você entra na casa da pessoa. Não tem a menor lógica. Por fora, são todas feias. Por dentro, um brinco. Cozinhas super equipadas, salas confortáveis, tudo limpo, organizado, lindo. O caos é apenas externo.

- as pessoas adoram morar ali. Os depoimentos que ouvimos foram todos nesse sentido. "Aqui todo mundo se conhece, todos dizem oi, se ajudam". O conceito de comunidade é muito forte. E eles não consideram mais Heliópolis uma favela. "Já foi, não é mais", me disse uma moça. "Quem chama a gente de favela é a televisão. Mas a gente não chama não", disse uma mulher que vive ali há 14 anos.

Adorei essa tarde. Nada como andar por São Paulo, pelos lugares mais variados, para entender melhor a cidade.

Se quiser saber mais sobre Heliópolis, veja o site da Unas.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Debôla não é genious....

Lembra aquela minha idéia de usar clowns ou atores para educar os usuários do Metrô? Pois bem, isso já aconteceu. Um leitor do blog apurou e me mandou por e-mail até as fotos da campanha, que aconteceu no começo do ano durante duas semanas. Bacana né?

Mas ainda acho que o Metrô deve repetir essa iniciativa. Intensificar e fazer bastante estardalhaço. Porque tenho vários amigos que usam o metrô e ninguém sequer ouviu falar dessa campanha.

















segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Prezado prefeito,

eu vou ser bem honesta com você (me desculpe, mas não tenho o hábito de chamar as pessoas de senhor e senhora): eu não votei no 25. E nem precisava, você ia ganhar de qualquer forma. Eu votei foi é no Gabeira, mas a urna se recusou a transferir meu voto para o Rio e acabei votanho no Seu Nulo.

De qualquer forma, você é o novo prefeito da minha cidade. E como tal, gostaria muito que você fizesse alguma coisa de fato impactante por essa metrópole. Se você conseguir provar por A + B que é capaz de fazer muito mais que uma Lei Cidade Limpa, ser-lhe-ei muita grata e até mudarei de opinião sobre a sua pessoa. Você tem quatro anos para isso, campeão. Portanto, tempo você tem. Dinheiro você também tem (nem vem dizer que não...). E vontade também não lhe falta, acredito eu. Afinal, tem que querer muito mesmo ser prefeito de São Paulo. Deve ser um saco administrar esse pepino aqui.

Entre ontem e hoje, eu elaborei uma listinha de pedidos que tenho para você. Poderia pedir para o Papai Noel, já que quase estamos em tempos natalinos. Mas quem acredita em Papai Noel, acredita também em políticos. E como observadora das ruas, andarilha de carteirinha dessa cidade, meus pedidos são, claro, relacionados às coisas que vejo enquanto ando e aos problemas relacionados ao transporte público.

São só dez pedidos, ok? Eu sei que algumas coisas não dependem só de você. Dependem so seu chapa Serra também. E até do companheiro Lula, que não deve estar exatamente contente com a sua vitória. E dependem também da gente: os mais de dez milhões de moradores de SP. Eu prometo que vou me empenhar. Mas ó: vou pegar no seu pé tá?

Minha listinha para o prefeito:

1- Mais faróis para pedestres. Em TODA a cidade. Pode ser desses que só funcionam quando a gente aperta. Assim os carros não precisam parar inutilmente.

2- Mais tempo para atravessar onde já há farol de pedestre. Não há coisa mais ridícula e constrangedora do que ter que sair correndo porque o farol está fechando e os carros já estão rosnando, doidinhos para avançar.

3- Lombadas, lombadas eletrônicas, rotatórias que funcionem e outros recursos para fazer os carros desacelerarem em bairros residenciais. Vale também educar com faixas (hum, esqueci, você não gosta de faixas...) ou mensagens do tipo: "Desacelere, a pressa não te fará chegar mais rápido" ou ainda "Reduza, respire, respeite". E por aí vai...

4- Calçadas: se elas são de responsabilidade do proprietário, quem fiscaliza o proprietário? A prefeitura! Seria interessante se houvesse uma padronização mínima - e sempre lembrando que há cadeirantes na cidade! E que todos precisam se locomover.

5- Iluminação. MEDO! Se andar em Moema durante a noite já é pavoroso, imagine em bairros mais periféricos. LUZ, PREFEITO, QUEREMOS LUZ! E de preferência uma que seja econômica em energia, para não poluirmos ainda mais o meio ambiente.

6- QUEREMOS CICLOVIAS, QUEREMOS CICLOVIAS, QUEREMOS CICLOVIAS! O que existe nesse sentido é ridículo!

7- Metrô: bem, isso você disse em campanha que vai mesmo fazer. Estamos esperando...

8- Busões: se eu fosse você, andaria um bom tempo de ônibus. Isso porque existe uma variedade enorme de tipo de ônibus. E como experiente usuária, posso te dizer: 80% não prestam. São burros, ineficientes e desrespeitam quem anda neles. Mas só andando para saber...aí, uma vez que você concluir quais são os melhorzinhos, padronize também os ônibus.

9- Corredores de ônibus que liguem algum lugar a lugar algum. Para que os ônibus não fiquem passando entre carros quando os corredores acabam. E, por favor, aumente o número de corredores. Eles fazem um pouco de justiça nessa cidade dominada e comandada pela máfia dos carros!

10 - Flores e cores! Eu sei que o projeto Belezura é da sua concorrente. Mas pense nisso: coloque flores e cores pela cidade. O paulistano anda muito mal humorado e estressado. Coloque um pouco mais de vida nesse cinza. SORRIA, MEU BEM, SORRIA! E assim sorriremos com você!

Espero escrever um ótimo texto sobre sua administração daqui quatro anos.

Boa sorte. E respire.

domingo, 26 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Obrigada, Detran!!!!

Eu não ando mais de carro - só de táxi quando pinga algum na minha conta, hahaha. Mas ainda temos, Peacock e eu, nossa Ferrari-modelo-Celta na garagem. Ele é o dono. Ele usa. Mas como casamento é dar uma força na saúde, na doença e nos problemas do carro, vou aqui fazer uma queixa por ele.

Estamos comemorando, agora em outubro, dois anos de uma multa para lá de bizarra que chegou em nome, ou melhor, "em placa" do nosso carrinho. A multa dizia se tratar de um veículo "motocicleta" modelo Celta vermelho, placa XXXXXX (a nossa). O ser humano estúpido que gerou essa multa não se deu conta da burrada que ele estava fazendo, uma vez que mesmo um ser humano como eu, que não entende de carros, sabe que não existem motos modelo Celta.

Para ajudar, a multa foi aplicada porque o motoqueiro que clonou nossa plaquinha estava dirigindo sem habilitação em...Taboão da Serra! Sim, claro, um lugar que frequentamos muito... Inclusive numa tarde de quinta-feira...quase não temos trabalho para fazer...e pior ainda, no dia do rodízio! Há mil razões para essa multa não ser nossa, mas a principal delas é: NOSSO CARRO NÃO É UMA MOTO!

Aí vem a pior parte - e nessas horas a gente tem vontade de jogar uma bomba em todos os serviços públicos brasileiros. Se a gente não pagasse a multa, nada mais nada menos que R$ 500, não seria possível fazer o licenciamento. Pois bem, pagamos, mas entramos com recurso imediatamente. Nem vou entrar em detalhes de como foi essa história de ir lá entregar o recurso...a atendente lixando as unhas enquanto xavecava um office-terceira idade...AFE!

Muito bem. E lá se foram dois anos desde então. Até agora, necas de pitibiriba! Nenhuma resposta do Detran! Nada, nada! Até para assessoria apelamos, mas nada aconteceu.

Agora me digam, se fosse eu devendo R$ 500 para um banco, quanto eu já estaria devendo após dois anos? Considerando taxas de juros de 40% anuais..hum....hum...(gênio calculando)...ah, sei lá! Estaria devendo uns quase R$ 1 mil!!

E aí, vocês acham que o Detran vai devolver isso para a gente corrigido? HAHAHAHAHAHAHA

Esse recurso foi arquivado, triturado, esquecido, soterrado pela burocracia dessa porquera de órgão. E como diz minha amiga Paloma: e a mim que me parta um raio!

Então, nesse segundo aniversário da multa bizarra que nós fomos obrigados a pagar, só me resta dizer: obrigada, Detran! POR NADA!

ps: e para o motoqueiro camarada que clonou nossa placa, pô campeão! vê se ao menos dirige com sua carteira né?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Rotatórias: para quê?

Aqui em Moema está havendo um surto de rotatórias. Tipo, não rola farol, enfia um círculo ali no cruzamento e tá lindo! Lindo nada, tá horrível! Eu confesso que ainda não decidi se elas ajudam ou atrapalham! Mas acho que atrapalham. Porque antes, por mais retardado que fosse o motorista, ele ainda dava uma reduzidinha quando chegava até a esquina. Agora, ele chega chegando! Vai até o meio da redonda para ver se é possível ir adiante. Aí, como todo mundo faz a mesma coisa, fica parecendo um carrossel. Para o pedestre ficou ainda mais complicado. Afinal, os carros não desaceleram muito. E quando você está pensando em atravessar, ele já atravessou você.

Eu quero é faixa de pedestres!!! E um pouco mais de respeito!

Ultimamente, tenho atravessado no meio da rua. As esquinas andam periogosas demais...

sábado, 18 de outubro de 2008

Caça e Caçador

Cantar Fabio Jr. ao lado da minha amiga-irmã Paloma num karaoke da Liberdade não tem preço!!! Melhor que isso, só a Paloma e a dona Mitico cantando Evidência - com direito a coro da galera! SUCESSO!!! Faltou a bela Geovana subir ao palco e soltar a voz - mas, além de rouca, ela estava ocupada demais, tamanho o assédio da homarada! hahahaha. Ah sim, e a Mitico cantando em japonês, acompanhada pelo bar todo, também foi impagável. Quando acabou, a galera começou a gritar: "MITICO! MITICO! MITICO". Puxa, por que não levei minha câmera?

E o melhor de tudo: fomos para a balada de metrô! Sim, é possível viver sem carro nessa cidade!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"Debôla genious!"

Lá na Nova Zelândia, os coreanos da minha classe me chamavam dessa forma toda vez que eu sabia o significado de uma palavra em inglês. Eu até pensei em contar para eles que essas palavras eram muito parecidas - quando não iguais - em português. Mas gostei de ser chamada de genious e fiquei quietinha.

Esse nariz de cera todo aí foi só para dizer que eu tive uma idéia genial!! haha, os coreanos tinham razão!

Há alguns meses, voltando de metrô lá do centrão com a Geo, eu tive esse click e contei para ela. Ela achou o máximo. Mas acabei esquecendo. Ontem, no aniversário da minha irmã, comentei de novo com o grupo na mesa. Tive mais aprovação.

Então aí vai. Veja o que vocês acham:

O metrô se esforça em educar as pessoas. Mas aquela voz monótona que diz "Não-segure-as-portas. Setenta-por-cento-dos-acidentes-ocorrem-porque-as-pessoas-seguram-as-portas" é ignorada. Assim como as placas amarelinhas nas escadas que dizem "mantenha-se à direita". Aquela regra que diz que quem está dentro do trem tem que sair primeiro para depois quem está fora entrar é quebrada a cada minuto.

Pois bem. Eu acho que o Metrô deveria contratar um grupo de teatro ou de clowns para fazer performances educativas nos trens e estações. Claro que não nas horas de pico. Mas entrar e sair dos vagões mostrando, com muito bom humor, como se deve fazer. Eles poderiam ficar um mês fazendo isso, a cada dia numa estação diferente. Além de colocar um pouco de alegria no metrô - onde, via de regra, as caras estãos sempre amarradas - seria notícia em tudo quanto é jornal, TV, revista, etc. E aí, mesmo quem não viu ao vivo e a cores, ficaria sabendo da performance.

A idéia é mostrar, por meio da arte e do humor, que está tudo errado. E que as pessoas precisam mudar o comportamento.

E aí? Viável? Interessante? Uma 'porquera' de idéia?

Só vou mandar a proposta para o metrô quando meus fiéis leitores (mamãe, olívia, rita, palomas e mark) se manifestarem! hahahahaha

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O gorfo no busão

Ontem eu tinha uma reunião na Vila Madá, no velho e bão Aprendiz, point da blaselândia! A melhor alternativa é tomar o Hospital das Clínicas da Ibirapuera. Meio dia, 35 graus na sombra, e eu de sapatinho novo. No meio da viagem, o molecote que estava atrás de mim começou a passar mal. Parodiando Kleiton e Kledir, "deu enjôo no moleque, e fez porquinho no meu pé!". Nãaaao, no meu sapato novo não!!! Recolhi as pernas, coloquei os pés para cima. O cobrador riu.

O menino gorfou mais uma vez. E mais outra. A mãe disse: calma, filhote, estamos chegando já. Depois que eles se foram, fiquei ali, junto ao gorfo, parecendo a responsável por ele. Uma mulher que estava passando na catraca olhou para aquela farra no chão, olhou para mim, olhou de novo para o chão e deve ter concluído: caramba, você vomitou tudo isso? Ei, não fui eu não!! Não tá vendo que eu tô com cara de saudável. E sorri para ela.

Quando chegou o momento inevitável de descer, tapei o nariz, dei um salto pulando aquela caca, e caí fora do busão. Já tava dando vontade de vomitar também!

Cheguei no Aprendiz com fome zero.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Zona lost

O que não fazemos pelos amigos e pela família? Convocada para uma apresentação da minha mana Cacá lá na Moooooooca, me apressei nas tarefas de hoje para conseguir sair uma hora e meia antes de o evento começar. Mochilita nas costas, sapatinho baixo, vestidinho "viva! o verão chegou" e calça legging - afinal, momento Marilyn no metrô nunca mais! - fiz meu habitual trajeto buso até metrô Sta. Cruz e baldeação na Sé. E eis que me deparo com uma situação nova: ter que pegar o metrô na direção Curintia-Itaquera às 18h da tarde.

Eu nunca vi tanta gente aglomerada em toda a minha vida! A Zona Lost não é uma região da cidade, é um país! Comecei a andar com a boiada tentando me encaixar em uma daquelas filas dentro das cerquinhas que servem para organizar o fluxo. Nessas horas é muito ruim ter 1,56m. Porque além das cotoveladas e da falta de ar, você sente absolutamente todos os cheiros. E considerando que era final de dia...hum, calcule o drama.

Fui lá no último cercadinho. Tinha um trem parado. A fila nem se mexeu. Segundos depois, outro trem. Dei um passinho. Mais um segundinho e um novo trem. Oba! Agora dei três passos. Entre o terceiro e o quarto trem, resolvi contar quantos segundos separam a ida de um e a chegada do outro: um, dois, três, quatro, cinco...quarenta e dois! Uau, esse metrô é mesmo eficiente! Mas nem com toda a eficiência do mundo eu me enfiaria no quarto trem. Do quinto não passa!!! Fico preocupada com o rapaz à minha frente. Ele usa muletas e mal consegue movê-las no meio da multidão. Tento, com todo esse meu tamanho, protegê-lo dos brutamontes! Somos os dois empurrados para dentro. Ufa! Agora são só três estações.

Chego no Bresser e sigo o fluxo das pessoas com mochilinhas. Afinal, devem estar todos indo para a faculdade onde a minha mana estuda. Pergunto para uma menina como chego lá. Ela me recomenda a rua Ipanema. Sigo nela. Puxa, nos meus sonhos Ipanema era bem mais bonita...vou deixando as casas antigas e os galpões típicos da região para trás. Dobro a esquina e dou de cara com um botecão chinelão cheio de "xente xovem" bebendo cerveja. Hum, devo estar perto da faculdade. Me perco mais um pouco, entro no prédio errado, pergunto e acho. Avisto mamãe e Maria, as fiéis espectadoras da Clara.

Vista a performance da moça - clap, clap, clap! - atravessamos a passarela sobre a Radial Leste para ir buscar o carro de mamãe do outro lado. O segurança da faculdade alerta para o perigo daquelas ruas escuras. Ok, ok, o que não é perigoso nessa cidade? Fingimos que não temos medo e caminhamos naquela escuridão.

A noite termina em pizza! É tão raro ir até a Moooooooca que quando vamos, damos um pulinho na rua Javari para comer na Pizzaria São Pedro. Mamãe e Maria adoram a pizza de aliche de lá. Eu passo.

Volto para casa de carona. Ufa!

domingo, 12 de outubro de 2008

Cidade do-ré-mi!

Adorei essa história dos pianos espalhados por São Paulo! Eu ainda não vi ao vivo e a cores, só na TV - apesar de eu ter passado pela estação Luz ontem, um dos locais onde tem um piano. A primeira surpresa é ver a quantidade de gente que, ainda hoje, toca piano - e toca bem! A segunda, é ver como as pessoas ficam curiosas, querem tocar não o piano mas no piano. Formam rodinhas em volta. É o máximo!! Isso dá vida à cidade.

Separei abaixo o link do projeto - que é de um artista inglês - e as matérias que saíram no SPTV e no Jornal Nacional.

O link do projeto: http://www.pianosderua.com.br/

Eu e o Peacock vamos mais tarde lá no Ibira para ele tocar o piano de lá. Vou levar minha digitalzinha para registrar esse momento, haha.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Flora poetinha

Minha afilhada Flora, de Belo Horizonte, foi fazer um passeio com a escola pelo metrô da cidade. Na volta, os alunos fizeram poemas sobre a experiência. Vejam só o dela, que coisa mais linda. Em tempo: a florzinha tem 11 anos.

obs: meu blog é burro! E eu também sou. Não estou conseguindo separar os versinhos... :-(


PELA JANELA DO METRÔ
(Flora Villas Carvalho)

Pela janela eu vi,
ruas e casas andantes
das quais tive uma imagem
totalmente deslumbrante.
Pela janela eu vi,
lojas e prédios diferentes
e um sorriso e uma lágrima
no rosto de toda gente.
Pela janela eu vi,
o telefone e o extintor
e com os olhos cheios d’água
disse adeus cheia de dor.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Conexão Aeroporto via Aratãs-Perdizes

Quem toma esse ônibus sabe: é melhor levar um livro para ler durante a viagem. E música, e comidinha, e palavras-cruzadas...Ontem, eu tive que ir fazer serviços de office-girl em Perdizes. E eu insisto nessa linha porque é a única porta a porta. Do contrário, tenho que pegar dois ônibus e mais o metrô. A Paloma acha que ainda assim é mil vezes melhor que O buso. Mas eu prefiro entrar, sentar (quando há lugar) e esquecer da vida. Ontem até que foi rápido. Levei 1h15 para chegar lá - sem contar o tempo de espera pelo bumba.

Mas venho por meio deste post (adoro as frases que começam desse jeito, hahahaha) dizer que caminhando por Perdizes, 'arreparei' que ao longo da João Ramalho há farol de pedestre em TODAS as esquinas. Ou seja: há como atravessar nas quatro travessias de um mesmo cruzamento. Por que lá é assim e aqui em Moema não? Pressão dos moradores? Tem muito mais farol por lá? Algum ex-prefeito morava lá? Por que essa cidade é toda despadronizada? Isso porque eu estou comparando dois bairros chicões. Imagine na perifa!

Na volta, tinha uma reunião na Praça da República. Peguei a volta do mesmo ônibus infeliz. Desci no lugar errado e tive que caminhar um bocado na São João. Ah! Que lindo que é caminhar no centro de SP num dia cinza como ontem! Ins-pi-ra-dor! Passei por lojinhas falidas, rodinhas de mendigos, de angolanos (acho), entre outros pedestres como yo.

Por fim, tinha uma entrevista às 18h, então tive que voltar correndo para casa. Solução: metrô + buso Jardim Nakamura. Não foi tão rápido quanto eu imaginava, mas deu certo. O que eu não me conformo é de ficar 10 minutos parada num corredor de ônibus. Eles não foram feitos para dar agilidade aos ônibus? Na Ibirapuera não funciona bem assim...

Hoje, para compensar, fiquei pelas redondezas mesmo. Fui até uma médica na Jamaris e, como estava morrendo de preguiça de cozinhar para mim mesma, resolvi explorar novos estabelecimentos de Moema. Parei num restaurante fofinho na Jandira chamado Gulla (UH, MINHA CARA!). As donas são as irmãs Arlete e Janete (acho que é isso). Senhoras muuuuito simpáticas. Arlete é como eu, vai logo perguntando: qual é seu nome? você trabalha aqui perto? o que você faz?. Débora. Moro e trabalho. Jornalista.

A Janete então pergunta: ah, jornalista? Então você conhece o Pimenta Neves? E eu: hum, ele foi meu "primeiro diretor de redação". E eu morria de medo dele. Ela me confessa que o marido é parente dele. Engatamos um papo sobre o "causo". Ela não se conforma com o que aconteceu. Eu digo que só me lembro dele de leve, marchando pela redação tal qual um ditador. Pago a conta, peço a nota. Adorei o penne e o vinho. E gostei as irmãs "etes". Vou voltar lá em breve.

The end

ps: dever me chama... :-(

domingo, 5 de outubro de 2008

A urna emperrada

Fui votar logo cedo. Mas fui de carro (eu ainda sei dirigir!!!). Não porque tava chovendo, mas porque tínhamos que levar duas senhoras de 80 anos que fazem questão de votar! Eu hein! Se tivesse 80 ficaria assistindo essa palhaçada toda de casa. Fomos eu, mamãe, Maria e dona Altízia. Para variar, a minha seção era a única com fila. Levei uns 15 minutos para entrar na cabine. Até pensei em ficar vendo as fotos de todos os candidatos, mas fiquei com pena do pessoal da fila.

Mas eu dei sorte. Minha mãe e a dona Altízia é que se deram mal. Na seção delas a urna quebrou. Eles tinham uma outra para substituir, mas o TRE não autorizou o uso e ficou de encaminhar o técnico. Minha mãe ficou tiririca. E a dona Altízia, frustrada. Bem, ela não precisa voltar. Já a minha mãe...fala sério, voto obrigatório já é uma palhaçada. Urna emperrrada, mais ainda. Mas o 'melhor' de tudo foi o fato de existir uma substituta mas não deixarem usá-la!

Ps: A Maria é a vizinha da minha mãe. Cresci com ela por perto. É ela minha consultora para temas sobre SP nos anos 40, 50, 60...vou começar a postar as histórias dela! "SP a pé nos anos 40". Aguardem...

sábado, 4 de outubro de 2008

Sabadão a pé - em imagens!

Minha mãe reclamou da foto do meu perfil. Então eu voltei ao Ibira para fazer uma nova.

O Peacock fez um retratinho. Achei posadona demais. Fiquei com um topetinho que não costumo usar e um sorriso típico de quem está esperando ser fotografada a mais de 15 segundos. Conclusão: não gosto de fotos não espontâneas!

Como saí com minha digitalzinha, resolvi fotografar a cidade. É engraçado tirar foto em SP, ainda mais no Ibira. Me senti a própria turista.

Então aí vão alguns dos momentos da nossa ida ao parque. A pé, óbvio.

1-Ainda no começo, na esquina assassina! Vejam o 'visu' andarilha: tênis, calça jeans com strach, blusinha não-sei-se-faz-calor-ou-frio, mochilinha com tudo dentro (jaqueta, lenço de papel, barrinha de cereal, óculos de grau, bloquinho, caneta, máquina fotográfica, carteira e celular), óculos de sol mega super fashion que o Peacok sonha em jogar fora.




2- O Peacock tava tentando me fotografar lá do outro lado quando flagrou uma quase batida. Entendem porque eu a chamo de esquina assassina? É todo mundo tentando atravessar ao mesmo tempo. Essa cena aí é light. Normalmente são 4 carros ao mesmo tempo. E algum pedestre tonto como eu no meio de tudo. Ps: conseguem me ver lá no fundo?



3- GENTEEEEM! O que é essa propaganda política do Aurélio Miguel??? JISUIS! E o pior é que, dependendo do ângulo, parece que o cachorro está...digamos assim...assediando o gatinho!




4- Fotografei essa esquina da Inhambu para mostrar como a cidade desrespeita o pedestre INCLUSIVE nas áreas mais nobres. Nesse ponto, República do Líbano com Inhambu, não tem farol de pedestre. Então, quando fecha o farol da República, abre o da Inhambu. E o pedestre tem que sair correndo para conseguir cruzar a rua!!! Porque os carros que estão na Inhambu e que viram à direita na República estão sempre muito apressados e JAMAIS vão esperar você passar. Detalhe: Peacock, de costas, faz o papel do pedestre, ser em extinção na cidade.




5- Finalizamos o passeio na exposição sobre o Einstein. Achei fraquinha. Descobri que o gênio era um baita de um pegador, mas continuo sem entender nada sobre a Teoria da Relatividade e sobre os buracos negros...mas valeu a foto. Fofinho ele né? haha





Fiz mais algumas fotos. Mas por hoje é só pe-pessoal. Vou guardar para depois.

Amanhã é dia de eleição! ÊEEEEEEEEEEEE que chatice! Como eu voto lá para as bandas donde nasci e me criei, Parque Continental/Jaguaré, talvez eu tenha alguma boa história sobre andar a pé por lá...afinal, meu SP a Pé anda restrito demais à Moema, rs.

Votem direitinho hein? O chato da urna eletrônica é que não dá para fazer chifrinho em ninguém...muito pouco democrático esse sistema.

beijossss

ps: estou explorando novos blogs pelos mares da internet. Tem muita coisa bacana! Tô descobrindo gente muito legal que já está até aqui retribuindo minha visita. O que mais me chamou a atenção é quantidade de jornalista que tem blog, e sobretudo mulheres. Pudera! A gente é tão reprimido nas redações e tem que sempre ficar expressando a opinião dos outros que chega uma hora que UFA!, nada como ter um espaço só seu, com os seus temas prediletos, com o tom que você quer ter. Isso sim é liberdade de imprensa! haha

Mas gosto muito também dos blogs de não-jornalistas. É uma delícia "entrar" na cabeça dos outros, sejam eles quem forem. Mais tarde, posto aqui os blogs bacanas que achei por aí.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

CET familiar

Desde que eu criei esse blog, virei uma espécie de CET da minha família. Minha mãe e a Clara me mandam SMS o tempo todo para dizer onde estão e qual a situação do trânsito naquele momento. A Clara outro dia me acordou às 6h15 com uma mensagem raivosa. Estava P da vida porque o busão que ela pega no terceiro ponto da linha já estava lotado quando ela entrou. Não tinha onde sentar. Tão cedo e tão cheio. Isso prova que a cidade está mais inchada mesmo. Porque nos meus idos de mocinha, eu pegava essa mesma linha, nessa mesma hora, e eu podia até ir deitada se quisesse. Minha mãe também me manda mensagens de texto para dizer o quão cheia está a Consolação no final da tarde e que ela acha que vai pegar um cineminha para esperar o trânsito melhorar.

Querido diário

Hoje o dia está tão lindo que eu resolvi fazer uma caminhada matinal pelo bairro. Depois de quatro dias de gripe, enfurnada em casa, coloquei o meu PEZÃO para fora. Tive que caminhar pela rua pois sexta-feira é o dia em que os prédios lavam suas calçadas. Estava tudo ensaboado, um perigo! Fico arrasada de ver aquele monte de água sendo despejada. Mas que jeito? Com esse tanto de cocô e xixi de cachorro, tem que lavar meeeesmo. Aliás, sexta também parece ser o dia em que as pessoas levam os cachorrinhos para passear. Acho que vi uns 50 em meia-hora. Mas, por incrível que pareça, a rua estava uma calmaria só. Estava tudo harmonioso. Só uma bicicleta desgovernada que quase me atingiu, mas de resto, ok. CET familiar não registrou nenhuma grave ocorrência nas imediações de Moema.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre andar e emagrecer...

Bem, isso ainda não aconteceu comigo. Volta e meia alguém entra aqui e diz "ótima iniciativa, Deb! Além do mais, andar emagrece". :-(

Mas eu não emagreço. Aliás, eu sou um fenômeno da natureza. Passei três meses na Nova Zelândia só andando, andando e ainda assim, voltei com dois quilos a mais. Agora, não uso mais o carro, faço até supermercado a pé, faço aikido pelo menos duas vezes por semana e hidro* mais duas e não emagreço necas.

Ok, eu conto meu segredo. Segredo que revista feminina nenhuma vai publicar. Eu não sou boa de garfo...sou PhD! Em garfo, faca e colher. E chocolate! Muitos deles, todos os dias, duaz vezes por dia. Sou chocodependente. Portanto, não vou bancar a gordinha boba, que não consegue entender porque não emagrece, mesmo se exercitando todo santo dia. Como mesmo. É fato. Mas estou considerando seriamente procurar o GA (Gulosos Anônimos) ou o CA (Chocólatras Anônimos).

Hoje eu revelei a uma amiga quanto eu peso. Ela reagiu rápido (conversa de MSN):

- Que pesão!

O curioso é que ela faz massagem em mim e sempre me vê pelada. Mas mesmo assim, nunca me disse:

- Que gorda você está!

Acho que essa coisa do número, do peso em si, chama mais atenção do que o próprio corpo. Por causa dessa nóia de mulher achar que tem ter 10 quilos a menos em relação a altura. No meu caso, por exemplo, que tenho 1,56m, deveria pesar 46 kg. HAHAHAHAHAHAHAHA

Acho que não peso mais isso desde os 15 anos. Não que eu não saiba que estou acima do peso. Sei bem. Minhas calças jeans não me deixam mentir. Mas achei curiosa a reação dela.

Feliz da vida com o comentário fofo dela, resolvi almoçar fora de casa. Na lanchonete chinelão da Aratãs com a Maracatins, mandei ver um X-Salada. Voltei para casa saboreando um Crunch. Tudo para manter o meu "pesão".

Mas isso há de mudar. Vou fazer um mix muito doido de "SP a pé" com alguma dieta maluca e ainda hei de inventar a "Dieta de SP street: largue o carro e emagreça andando!". Vai ser mais famosa que a dieta de South Beach! Vou vender horrores de livros. Serei esbelta e milionária.

E uma vez rica e magra, voltarei a comer tudo que me faz feliz de novo. HO HO HO

Happy end!

*A Marie Claire elegeu a hidroginástica a malhação menos sexy de todos os tempos. Fiquei arrasada. Além de ter um "pesão", faço uma ginástica muito pouco sexy. E eu que me achava tão linda naquele maiozinho azul-uniforme-escolar...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Quer uma caroninha?

Se você tem vergonha de pedir carona para o vizinho ou para o colega de baia no trabalho, seus problemas se acabaram!! Minha colaboradora Olivião Tomazela com um ELE só, num esforço sobre-humano de reportagem, descobriu quatro links na internet que transformaram carona num negócio sério. Você entra lá e se cadastra como caroneiro ou como motorista disposto a dar caronas. Alguns cobram pequenas taxas. Mas pelo que eu vi, a maioria é free mesmo. Para quem tem medo, eles garantem que o esquema é seguro.

Chequem vocês mesmos. São eles o Juntoo, o E-carona, o Quero Carona e um do governo de SP, o Mutirão da Carona - esse último é mais uma campanha que um "ponto de encontro virtual dos caroneiros". O Quero Carona faz o meio de campo até para quem quer viajar!

Adorei esses sites. Mais uma vez, a gente fazendo pela internet o que não sabe mais fazer no mundo real.

Valeu Olivete!

Momento "Querido Diário": hoje eu não coloquei o pé para fora. A Paloma (Cotes) me passou uma gripe via msn e só não fiquei de cama porque, afinal, sempre há trabalho para fazer. No final da tarde, recebi uma visitinha da minha sogra e da vovó Lola. É a vó do Peacock. Ela tem 98 anos e pega bem menos gripe que eu. Minha sogra, ao ver que eu estava com gripe e sem batatas para fazer uma sopa, voltou minutos mais tarde munida de batatas, cenourinhas e carne! Que fofa!! Ah, eu adoro trabalhar em casa...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Já escolhi o meu candidato!!

Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá!! Posso votar nele? Vi o depoimento dele ontem no programa Soluções para o Trânsito, do Discovery, e gamei nele. Não só porque ele é charmosão - desculpe, Peacock, mas não poderia deixar de dizer. Mas sim porque a forma como ele vê uma cidade é a mais humana e justa que eu já vi. Comentando sobre as ciclovias que foram construídas na capital colombiana, ele disse: "Dessa forma, o espaço público respeita tanta uma pessoa com uma bicicleta de 30 dólares como um motorista com um carro de 30 mil dólares". É isso, respeito a todos. Opções para todos. Na boa, queridos candidatos à prefeitura de São Paulo, é tão difícil assim??

O programa, aliás, é ótimo. Espero que eles reprisem. Basicamente escracharam São Paulo. E é para escrachar mesmo. Pois se a Cidade do México, com seu volumão de quase 20 milhões de habitantes, conseguiu uma solução eficaz e bem mais barata que metrô (é o Metrobus - um corredor de ônibus que funciona), por que ainda estamos nos matado no trânsito paulistano?

Peñalosa prefeito de SP!!!

Ps: Bem lembrado Mark! Essa iniciativa da Porto Seguro é super bacana mesmo. E eles têm divulgado bastante. O problema é que precisamos da contrapartida, ou seja, as ciclovias! Mas se mais empresas começam a oferecer esse tipo de serviço, começa a rolar uma pressão.

sábado, 27 de setembro de 2008

Aluguel de bike!

Começou hoje o serviço de aluguel de bike em quatro estações de metrô no centro e na zê-ele. Inauguraram também hoje os seis primeiros KM de uma ciclovia na Radial Leste. Mais detalhes na matéria do UOL.

É pouco, mas é um começo! Que venham mais ciclovias :-)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O mestre mora ao lado

Hoje eu consegui acordar e ir para o "aikido da madrugada". Enfrentei chuva, frio e sono, mas fui!

Eu acho linda essa história de atravessar o mundo para achar seu mestre. Gente que vai até a Índia atrás DO guru, que percorre o Japão de cabo a cabo em busca DO sensei, que transforma a viagem de férias a Bali na busca pelo xamã perfeito. Mas eu confesso que me sinto uma privilegiada de ter achado meu mestre de aikido a um quarteirão e meio de casa. Claro, não tem o mesmo charme de atravessar mares e conhecer países misteriosos, mas pô, é uma mão na roda. Não tenho desculpa para não ir treinar. Pôr a culpa no trãnsito, então, não rola meeeesmo.

Melhor assim. Mantenho meu KI a todo vapor.

"Desejando paz a todos os seres"

O-NEGAI SHIMASU!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre ter blog

Esse diário virtual engana. Quando a gente acha que "zero comentários" significa que ninguém leu, surprise! Ontem acabei saindo de casa, contrariando minhas expectativas. Fui à festa dos cinco anos da ANBA - para quem não sabe, uma ótima agência de notícias para a qual eu trabalhei até julho. Quando cheguei lá, o Mark disse assim: ué, acabou saindo de casa é? E o Gabi, o japa-polonês, cobrou coerência da minha parte quando ficou sabendo que eu ia voltar de carona com a doce Marina. "Como assim, carona? Você não anda só a pé???". Ah claro, só ando a pé....até a padaria, até a academia, até o outro lado da avenida Ibirapuera e quando fico muito de saco cheio de esperar busão - aí eu surto e percorro longas distâncias.

Pô, Gabi, o espírito é evitar o MEU carro. Não o dos outros, rs.

Hoje o dia está lindinho! Finalmente aqueles dias londrinos acabaram (espero!).

Vou interromper a sequência de entrevistas super interessantes que estou fazendo e dar um rolê. O sol me chama!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Primavera geladinha

Hoje acordei bem cedo, super disposta a ir para o "aikido da madrugada", que começa às 7hs. Mas quando coloquei o nariz para fora e vi que tava chovendo, me enfiei debaixo do edredon e fiquei lendo um livro. Acho que hoje a rua não vai me ver.

Por que tanto frio em setembro? Brrrr....

Comentando o comentário:

- Paloma, eu vi que foi uma segunda como as outras, cheia de congestionamento. Mas vi bastante matéria falando sobre as pessoas que querem mudar, que estão largando carro, etc. Como você disse, o importante é seguir acreditando!

- Mark, você é um dos mais fiéis desses 22, ao lado de Olívia e de mamãe! Nem meu próprio marido me prestigia assim, hahaha

- E falando nela...Olívia, que ótima essa história de achar uma carona na internet! Acho justa essa divisão de custos. Porque tem caroneiro que acaba se acomodando e acha que o motorista está à disposição dele. Aí é 'forga', num dá né? Tem que ser bom para todo mundo. Testemunhe sempre! É essa a idéia ;-)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dia Mundial...com carro!


Me dei o trabalho de ir até a 23 de Maio fotografar o Dia Mundial Sem Carro. Mas até que para os padrões da 23, para as 17hs, pode-se dizer que tava meio vazia, rs.
Ps: O Uol me copiou, hehe. Botou cinco jornalistas para andar sem o carro durante a semana do Dia Mundial sem Carro. Puxa vida, eu faço isso todo dia. Mas aí vai, para quem se interessar. Mas aposto que vocês, meus queridos 22 leitores, vão continuar preferindo meu bloguinho, essa mídia alternativa, hahahahaha. Leia aqui o blog deles.

domingo, 21 de setembro de 2008

You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one!!

Eba, tem mais gente largando o carro nessa cidade maluca! Deu na Folha de S. Paulo de hoje. Veja também no Uol. Adorei essa notícia. Seja de bumba, de bike ou a pé, aos poucos as pessoas têm buscado outros caminhos.

Breves

1- Ontem eu fui ver Ensaio sobre a Cegueira. Forte, mas bonito. Gostei muito. (O Peacock não gostou, sempre do contra...). Mas o que eu queria comentar é que foi bacana ver São Paulo na telona. Não tinha cidade mais apropriada para filmar essa história: sujinha, cinzinha, mal cheirosa e cheia dos contrastes. Acho que estamos todos meio cegos aqui em Sampa mesmo. Tá na hora de a gente enxergar melhor o que estamos fazendo desse lugar. Hora de abrir os olhos.

2- É AMANHÃ!!! O Dia Mundial sem Carro. Dentro de casa, já tive uma baixa. O Peacock disse que vai sair de carro porque deve ficar no trabalho até tarde. Meu pai também já avisou que não sobrevive sem carro amanhã. Ai, ai ai... "I hope some daaaay you'll join us..."

3- Mark, sobre essa história da queda da Isabela, eu tenho uma grande dúvida que talvez um advogado possa responder. Quem é oficialmente o responsável por isso? Digo, ela poderia processar a prefeitura ou seria o dono daquela calçada? Cabe um processo num caso desses ou foi "somente" um infortúnio?

Tenham todos uma ótima semana!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A queda de Isabela

No começo do ano, minha amiga Isabela Barros caiu na quina de uma calçada. A combinação de sandalinha rasteirinha de couro com uma calçada mal feita resultaram na fratura de uma vértebra e um mês de cama. Vejam abaixo o depoimento que ela mesma fez sobre o tema. Fica o alerta: além de tomar cuidado na hora de atravessar as ruas, é preciso também tomar cuidado quando andamos nas calçadas.

Ela acertou na quina. Mas não a da loto...

"Tenho certeza de que a mulher que me olhava do outro lado da rua não conseguiu ouvir o meu pedido de ajuda. Mas entendeu que eu precisava de alguém para me levantar. E, junto com o filho, veio me resgatar na hora. Segundos antes, meu chinelo com solado de couro havia escorregado na quina de uma calçada bem íngreme da rua em que moro, na Vila Mariana. Fazia sol, eu não estava apressada. E, num movimento absolutamente banal, caí de costas exatamente em cima desse apoio de concreto. O que veio depois foi a dor mais forte que eu já senti na minha vida, junto com uma sensação de total imobilidade. Sozinha, eu não teria conseguido me levantar. Na verdade, devia ter ficado era deitada mesmo, e chamar socorro dali, para evitar riscos de lesões.

Já no hospital, uma hora depois, veio o diagnóstico: uma fratura na nona vértebra da coluna torácica. E eu que me desse por satisfeita: com uma queda daquelas, podia ter até lesionado a medula, ficando sem andar, por exemplo. Por um simples escorregão na calçada, numa quina.

Tudo aconteceu em janeiro deste ano. Fiquei um mês inteiro deitada, de barriga para cima, saindo da cama para atividades básicas como comer, ir ao banheiro e tomar banho. Depois, foram mais três meses de recuperação lenta, ficando sentada aos poucos, cada vez por um tempo maior. E com o apoio de um colete ortopédico que mais parecia uma fantasia de Tartaruga Ninja.

Agora, em setembro, 20 sessões de fisioterapia e 10 de RPG depois, já posso me movimentar normalmente. A fratura está quase consolidada. Mas fica a lição: passe longe das quinas das calçadas. Esqueça os chinelos com solado de couro, que escorregam. Prefira andar pelo meio da rua se estiver num trecho muito acidentado. Por pior que possa parecer, é mais seguro. Nunca mais ficar de molho outra vez por ter caído na armadilha de uma calçada assassina."

Ai que história triste...

A manchete poderia ser: "Solidariedade acaba em morte em São Paulo". Um menino parou na Marginal Pinheiros para ajudar um motorista com o carro quebrado e acabou sendo atropelado por um caminhão que não conseguiu frear a tempo.

Vejam matéria do G1.

E o cara que seria ajudado, picou a mula sem ajudar o Fábio, o que foi atropelado.

Gente, a Marginal Pinheiros é assassina! Não tem área de escape, não tem equipes de socorro, os carros correm como se fosse uma estrada, tem caminhão saindo pelo ladrão e é um Deus nos acuda. Fora o aroma suave que vem do rio...Quando dirijo ali - o que está cada vez mais raro - fico fazendo um mantra: "não quebra, carrinho, não quebra, carrinho".

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Eu não aguento mais!

Eu não aguento mais limpar meu tênis!!! Todo dia tem cocô de cachorro encravado nele...
Ontem eu fiquei uma meia hora esfregando uma escova de dente nele para ver se aquela caca desgrudava do meu pisante.

Garanto que recolher o cocô do cachorro exige bem menos que meia hora. É pegar o saquinho e mandar ver. Dois minutos.

A minha sorte é que Peacock e eu temos o saudável hábito de não entrar de sapato em casa. Do contrário, minha casa seria uma fedentina só.

ps: vou lançar a série "Eu não aguento!". Eu não aguento buzina, cocô de cachorro, ciclistas mal educados, motoristas quase assassinos, ônibus lotados, passageiros enfezados no metrô, candidatos prometendo freeways e...nossa, eu tô ficando rabugenta ou essa cidade é mesmo um inferno?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Discovery

No dia 28, um domingo, o Discovery começa a exibir o programa Soluções para o Trânsito. Me pareceu uma série....tentei encontrar mais informações no site mas não achei. Eu clico na chamada mas aparece uma lista de discussão. Ou o site é confuso, ou eu sou confusa.

Alguém se habilita?
http://www.discoverybrasil.com/

ps: falta só uma semana para o Dia Mundial sem Carro!!! Contagem regressiva!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ciclistas X pedestres

Puxa vida, esse meu último post foi "polêmico". Não imaginava que todo pedestre tinha alguma queixa sobre ciclista. Acho que a gente devia promover um encontro para debater esse convívio! Afinal, já não basta a guerra com os carros, bumbas, caminhones & afins? Se os ciclistas querem tanto o respeito dos motorizados, eles também precisam respeitar os que nem rodas têm! Nós, os andantes, os walkers, os andarilhos, mas também conhecidos como pedestres.

Vou chamar um ciclista de carteirinha para dar seu depoimento aqui e falar um pouco sobre essa relação.

E por falar em depoimento, Belíssima, mande-me por e-mail a história sobre sua queda na rua no começo desse ano. Vou postar aqui. O caso foi sério, ela tem razão: caminhar por São Paulo pode ser mais perigoso do que se imagina. Mesmo quando se caminha na calçada!!

Buenos dias a todos!

Caminhemos (com cuidado)! ;-)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Os bikers

Finalmente comprei aquele especial Vá de Bicicleta da revista Vida Simples. Depois de muita gente me perguntar se eu já tinho lido, cedi, comprei e estou lendo. Li metade da edição, mas já deu para sacar comos os ciclistas têm se unido cada vez mais. Há associações, grupos de discussão na internet, bikers peladões, conexões com grupos da Holanda e um movimento crescente - bonito de ver - que, aos poucos, vai contagiando as grandes cidades brasileiras.

Pô, não tem nenhum grupo de "walkers" né? Nada de "andarilhos noturnos", "naked walker", ou representante dos andarilhos discutindo políticas públicas na Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). Tá certo, bike é meio de transporte. E fica meio esquisito classificar "perna" como um meio de transporte. Mas é...não é? E os pedestres compõem esse cenário urbano. São peças-chave nesse contexto. Também quero fazer parte de uma organização como as dos bikers... :-(

Sobre a revista:

- Descobri personagens incríveis, histórias exemplares e muitos endereços internéticos sobre o tema como o Apocalipse Motorizado, o Transporte Ativo e o Via Ciclo. De pessoas de lugares diferentes do Brasil, o que dá uma dimensão de como o movimento por cidades mais saudáveis não se restringe à nossa caótica paulicéia.

- A revista me tirou uma dúvida enorme: sim, os ciclistas NÃO PODEM pedalar na contramão. Eu já quase fui atropelada duas vezes por bikes por causa disso. Estava atenta, olhando os carros que vinham do lado permitido. No que eu avancei, 'SAI DA FREEEEEENTE MENINA!" E ainda tomei bronca do ciclista! Ai, ai, ai... Ciclistas, sejamos parceiros! Eu sou sua aliada na guerra contra o (excesso) de carro.

- Lendo as matérias e os depoimentos, dá uma vontade danada de sair pedalando. Encher os pneus da magrelinha e sair por aí enfrentando as carangas. Chegando bem mais rápido aos lugares do que quando vou a pé. Mas confesso: o medo ainda domina. Sou muito (mãe, não repara tá?) cagona para ser uma biker em São Paulo. Prefiro seguir andando. Quem sabe um dia eu não crio o SP de bike...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Conselho de andarilha: aposente os sapatos chiques

Surtei de novo. Esse blog tá me fazendo mal. Tô começando a levar a sério demais essa coisa de andar a pé. Hoje, depois de um almoço na Vila Madaloca, fui para um ponto na Fradique esperar por um buso que eu suspeito que não existe. Em quinze minutos, desisti de esperar. Resolvi caminhar até ele aparecer. Quando me dei conta, ele não tinha aparecido (tá vendo, ele não existe!), e eu já estava na Groelândia!

Eram 15h36 quando eu deixei a Vila. Às 16h10, eu já estava na República do Líbano, reta final - reta final bem longa - para chegar em Moema. O dia estava lindo e a temperatura amena. Os motoristas estavam mal educados como sempre e os buzinentos de plantão estressados como nunca. Mas não era esse o problema. O problema era a bota chiquérrima que eu coloquei para o almoço. E a calça jeans com elasticidade zero. Até uma boa parte do caminho eu fui bem. Mas quando eu tava quase chegando na Ibira, OH GOD, queria pegar um táxi. Senti uma bolha imensa na sola do pé direito e comecei a andar meio que mancando.

Uma hora e meia depois de ter deixado o ponto na Fradique, cheguei em casa. Me arrastando, suando, mancando. Um horror. Mamãe me ligou nessa hora e perguntou: minha filha, por onde você anda? E eu respondi: nem te conto....

Cenas do caminho

1- Na Fradique, vi um senhor de boininha cortando a unha enquanto caminhava. Ui...

2- Na Rebouças, vi um senhor mendigo abrindo a braguilha e tirando aquela água do joelho;

3- Não vi farol de pedestre na esquina da Groelândia com a avenida Europa. Nessas ocasiões, temos que dar aquela corridinha idiota e constrangedora para fugir dos carros que viram à direita na Europa;

4- O mesmo acontece na Groelândia com a Brigadeiro. De novo a corridinha idiota, como quem diz: senhor motorista, mil desculpas por eu, essa pedestrizinha insignificante, atrapalhar o seu caminho!

5- Na República do Líbano, fui chamada de gostosa por um manobrista de uma clínica. Obrigada, senhor manobrista;

6- Depois disso, não registrei mais nada. Só pensava na bolha no meu pé. E na necessidade de comprar uns tênis mais transados para ocasiões como essa de hoje...

Ai que sono. Vou dormir.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Metrô de SP é o mais lotado do mundo, afirma CoMET

Não me diga?? E precisa a "CoMET" dizer? Nem carece.

Abri o UOL agorinha mesmo e essa foi a primeira notícia que me chamou a atenção. Leia

Aproveito para desejar aos meus 21 leitores um bom dia e uma ótima semana!

ps: caminhemos!!

ps2: tá um frio do cão, até desisti de ir tomar a vacina da rubéola, mas caminemos assim mesmo ;-)

sábado, 6 de setembro de 2008

Meu ouvido não é penico!




Avenida Aratãs, sábado, 7h00. Trilha sonora da minha manhã: BÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE.

Me diga: o que leva um(a) infeliz a disparar a buzina num sábado de manhã, na frente de uns quatro prédios onde vivem dezenas de famílias, centenas de pessoas? Combinou um horário e a pessoa não está na frente do prédio? Pois existe porteiro para quê? E essa maravilhosa engenhoca chamada celular, também não resolve? E paciência? Afinal, é sábado!!!

Tenho muita coisa ainda a dizer sobre buzina. Vou ter que escrever muitos posts para falar tudo o que penso sobre esse som insuportável que marca o ritmo dessa cidade, que marca a relação (grosseira) entre carros e carros, carros e pedestres, carros e ciclistas, etc.

Mas vou guardar esses comentários para depois. Afinal, hoje é sábado.

Mas deixo aqui uma questão e uma idéia:

1- A questão: Quem inventou a buzina? Preciso saber para maldizê-lo todos os dias.

2- A idéia: Se nosso comportamento nas ruas de SP nunca vai deixar de ser bélico, então proponho que nós, pedestres, comecemos a usar também buzinas e luz alta. Podemos andar com uma buzina parecida com aquela do Chacrinha e um farolete daqueles bem fortes (aquela luz fria) para as caminhadas noturnas. Assim, toda vez que um motorista BÉEEEEE na sua orelha, você BÉEEEEEEEEEE de volta. Afinal, guerra é guerra.

Recadinho: como não bloguei ontem, dia 5, deixo aqui, com atraso, os parabéns para meu papai!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dia Mundial sem Carro!

Eu ia deixar para escrever depois, mas já que a Lilica se adiantou, aí vai: dia 22 de setembro é o Dia Mundial sem Carro!!! (até onde eu sei, é no dia 22 e não 25).

Mas eu tava comentando sobre isso com a Raquel hoje cedo e ela fez uma observação interessante: considerando que dia 22 cai numa segunda, e na situação hipotética e completamente irrealista de todos em SP aderirem, como as pessoas iriam trabalhar já que o transporte público atual não dá conta nem dos que o usam regularmente??? Ou todo mundo ia andar um bocado ou a prefeitura teria que tranformar o dia 22 em feriado municipal! rsrs

De qualquer forma, é uma ótima campanha, um movimento que vem crescendo no mundo todo e que ao menos faz as pessoas refletirem sobre o uso exagerado do carro.

Eu assino embaixo. Afinal, dia mundial sem carro, para mim, é quase todo dia.

Curitiba a pé!!

A verdade é que eu queria ter andado bem mais a pé por aqui...Isso só aconteceu agora cedo, quando eu e minha anfitriã Raquel Marçal Wan fomos caminhar pelo canteiro central da Arthur Bernardes. O que já foi uma experiência incrível para meu currículo de andarilha. Por que não há canteiros como esse em SP? Largo, verdinho, com quadras de tênis, futebol e afins ao longo do percurso. E quando a pista é interrompida pelos cruzamentos ou retornos da avenidona, existe uma civilizada faixa de pedestre e - surprise!!! - os carros pararam para nosotras passarmos! Mas a Raquel disse que não é sempre assim...

No mais, circulei por Curitiba só de carro e nos táxis laranja "cheguei" da cidade. Fui trabalhar ontem lá no Centro. E à noite fomos comer no alemão que tem o melhor chopp daqui (nome difícil de lembrar e de escrever...). Quando cheguei, na segunda, jantamos no Kamikaze, um japa daqueles bem tradicionais, que preparam a comida na sua frente.

Agora já tô indo embora :-(

SP me espera ca-lo-ro-sa-men-te para as minhas próximas missões!

Arigatô Raquel e Emereson!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Traffic Calming

Conheci uma pessoa muito bacana no sábado passado, a Raquel, também jornalista. Ela é de Floripa e vive nessa cidade doida aqui há mais de um ano. Pois mal nos conhecemos e ela já virou colaboradora do blog. Ela me mandou uma matéria super bacana, publicada em julho, do site CarbonoBrasil - que posto aí abaixo. É sobre as pessoas que optam por andar a pé em SP por causa dos altos custos do transporte público.

Além desse dado completamente novo para mim - de que andar a pé é o modo de locomoção que mais cresce na região metropolitana de São Paulo - a matéria cita um conceito que eu nunca tinha ouvido falar, o Traffic Calming. Já gostei. Vou me aprofundar no assunto...

Abaixo, a matéria.

Obrigada, Raquel!!


Andar a pé é solução para driblar os custos do transporte

Paula Scheidt, 15 de julho de 2008, CarbonoBrasil

Um estudo do Ministério das Cidades divulgado na última semana mostra que andar a pé é o modo de locomoção que mais cresce na região metropolitana de São Paulo. Uma das razões apontadas é o custo dos transportes, individuais ou coletivos.

Entre 1997 e 2002, o número de viagens diárias a pé representou 46% do aumento total de viagens da metrópole (3,8 milhões), se concentrando nas populações mais pobres, enquanto que o forte aumento da utilização do carro particular ficou praticamente restrito às classes médias e, principalmente, altas (acréscimo de 2,8 milhões de viagens/dia).

O preço da condução é o principal motivo pela escolha deste meio de transporte entre os entrevistados que recebem até quatro salários mínimos. "O aumento das viagens curtas e a pé entre os mais pobres certamente vem refletindo a dinamização dos espaços periféricos e a forte heterogeneidade social que se acentuou na periferia nos últimos anos", afirma o relatório.

De acordo com o volume "Como anda São Paulo", da série de estudos "Como andam as regiões metropolitanas", as pessoas de todas as faixas de rende optam pela caminhada como meio de transporte quando o trajeto é curto e com duração entre 15 a 20 minutos. "Entretanto, a análise dos motivos que levam aos deslocamentos a pé, quando as distâncias não são curtas, vem esclarecer muitas das inadequações da oferta de transporte coletivo para este segmento e explicar grande parte das carências desse setor", explica o documento.

O transporte a pé entre as pessoas que recebem até dois salários mínimos passou de 57% em 1997 para 62% em 2002, enquanto que o uso de veículos motorizados -coletivo e individual - passou de 43% para 38%, com queda percentual principalmente no uso do ônibus (que passou de 21% para 18% entre as viagens desse grupo), mas também no metrô e trem (de 3% para 2%).

A pesquisa destaca, no entanto, que há uma acomodação com relação às restrições por parte da população de baixa renda, que transforma "os espaços da vizinhança em destinos de viagem possíveis de serem alcançados". "As conseqüências destas estratégias para o cotidiano dessas populações realimentam os circuitos internos de reprodução da pobreza", explica o documento.
Segundo o estudo, garantir a mobilidade desses grupos através de políticas de transporte público acessível é uma estratégia importante de combate à pobreza, pois as restrições atuais deixam esta população sem acesso ao mercado de trabalho e aos equipamentos públicos de educação, saúde, cultura e lazer.

Planejando as cidades para o pedestre

Especialistas vão além e advertem que é preciso repensar para quem as cidades estão sendo planejadas, se é para o trânsito ou para as pessoas. "Famílias com renda acima de R$ 2,1 mil usam 8,6 vezes mais o espaço urbano que a população que ganha até dois salários mínimos. Os automóveis ocupam 50% do espaço urbano", ressalta o diretor da Associação de ciclousuários da Grande Florianópolis (Via Ciclo), André Geraldo Soares.

Soares diz que o problema é, muitas vezes, a prioridade nos investimentos. Ele cita o caso do Túnel Antonieta de Barros, construído em Florianópolis em 2002. Segundo ele a obra custou R$20 milhões e só beneficiou veículos motorizados, uma vez que é proibido o trânsito de pedestres e ciclistas. "Foi uma grande benfeitoria que não contemplou a todos", afirma.

O engenheiro Everaldo Valenga Alves, da gerência de sistema viário do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), propõe o emprego do chamado "Traffic Calming", que prioriza o pedestre, com melhorias nas travessias. "A proposta é fazer o contrário do que fazemos hoje: a rua é do pedestre e não dos veículos. O desenho das ruas é focado nas pessoas, com faixas largas, por exemplo", explica.

Composta por onze volumes, a coletânea "Como andam as regiões metropolitanas" foi realizada por pesquisadores do Observatório das Metrópoles, que reúne representantes de diversas universidades do País, e analisou onze regiões metropolitanas do Brasil - São Paulo, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém e Goiânia, além do aglomerado urbano de Maringá, no Paraná.

A coletânea está disponível na íntegra no site do Ministério das Cidades.