Fiquei uns dias sem postar, mas não sem andar por aí. Fui até um bairro bem distante chamado Jd. Aracati. Sabe a represa do Guarapiranga? Então, como diria Lenine, é mais, é mais, é mais além. Acho que é um dos extremos da cidade, afinal, lá tem verde, as ruas são mais largas, tem um ar interiorano que a periferia de SP normalmente não tem. Fui lá com o Tó em mais uma missão Classe C. A viagem tem que ser feita em duas etapas: primeiro até o terminal Santo Amaro e depois até o Jd. Aracati, passando pelo famoso Jd. Ângela.
Mas esse post, na verdade, é para falar de outra coisa: dos pontos de ônibus da cidade. Se por um lado os terminais são super bem estruturados e com bastante informação - inclusive com pessoal da SP Trans - os pontos espalhados por aí são despadronizados, mal feitos e sem as informações necessárias para o usuário.
Ontem eu fui até o Butantã, pertinho da USP. Para ir até lá saindo aqui de Moema, são necessários dois ônibus, claro. Fui até a Teodoro, desci, e caminhei até a Cardeal para pegar o segundo bumba. Chegando lá, os ônibus ignoraram meu dedinho esticado. Alguém me avisou que ali, só intermunicipal. Não tinha uma mísera placa me informando. Caminhei até o segundo ponto. Chegando lá, vi um ônibus que me servia, estiquei o bracinho e acelerei o passo. Ele fez que ia parar mas não parou. Fique de pata correndo atrás dele. Bacana. Esses dois pontos são daqueles só de plaquinha, sem cobertura nem nada. E a chuva ameaçando cair...
Resolvi descer de vez até a Rebouças porque achei que ali teria mais opções. Que ponto horrível aquele do corredor da Rebouças! Um mundaréu de gente. E se o ônibus para lá atrás e você está lá na frente, pergunta se você consegue sair correndo no meio daquele pessoal para chegar a tempo no buso. Esquece.
Na volta, parei num ponto da Corifeu que, ufa, esse sim tinha tetinho. Aí eu fui sentar e....oooops, quase caio! Uma parte do banco estava solta. Aí chegou uma gordinha (mais gordinha) e sentou também. OOOOOOPS. Escorregamos! Mas o banco não chegou a cair, só inclinou. Conseguimos ficar sentadas apoiando os pés firmemente no chão. Bem, esse ponto tinha teto, mas não tinha placa com os ônibus que passavam por ali. Como estava sem pressa, fiquei observando um tempo os ônibus que passavam para ver qual era a melhor opção. Vinte minutos depois cheguei a uma conclusão. Técnica lusitana né? A cidade nos obriga a isso.
Agora, vem cá, é tão difícil assim padronizar os pontos e fazer uma coisa decente? É tão difícil assim colocar informações sobre as linhas que servem os pontos? É tão complicado fazer teto? Banco que não quebre? Por que somos tão maltratados?
Se São Paulo é a cidade mais rica desse país, ela merece pontos de ônibus que façam juz a esse status.
(Crédito: Foto do jornal O Globo)
6 comentários:
Puxa, sumi por um tempo e esse blog esquentou!Você está virando uma expert em trânsito. E já é titia! Como você sempre diz " e eu sou a última a saber!.."Eu que sou pedestre a tantos anos tenho tantas sugestões para o seu blog. Vê se me liga um dia desses, moça, meu e-mail está quebrado.
um bjo,Manu
Pelo amor de Deus, corrige aí esse "a que foi sem o "h"( deveria ser "há tantos anos").
bjo,Manu
Déds...meu Deus..ainda bem que não sofro mais com isso hein!!!
Bjocas
Debs,
Será que parte do problema também não é mau uso. Vejo muitos pontos de ônibus cobertos vandalizados, pichados, roubam as lâmpadas dos back-lights...
Acho que como (quase) sempre no Brasil, o problema esbarra na educação.
Erm... Hein? sou eu, tá?!
Manuuuu!
Você por aqui! Adorei sua visita!
Vou te ligar sim, só não o fiz até agora pq não parei quieta ainda.
Qdo terminam as aulas? Qdo estarás mais tranquila?
Quero muito suas sugestões, afinal, vc sim é expert no tema!
Mark, tens toda razão. Grande parte da culpa é sim dos usuários, que acham que a rua é lixo e que, portanto, podem quebrar tudo, dos orelhões aos pontos de ônibus.
Mas de qq forma, me irrita essa falta de padronização e de informação nos pontos, sabe? Tem que ter um mínimo.
bjsssss
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