quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A queda de Isabela

No começo do ano, minha amiga Isabela Barros caiu na quina de uma calçada. A combinação de sandalinha rasteirinha de couro com uma calçada mal feita resultaram na fratura de uma vértebra e um mês de cama. Vejam abaixo o depoimento que ela mesma fez sobre o tema. Fica o alerta: além de tomar cuidado na hora de atravessar as ruas, é preciso também tomar cuidado quando andamos nas calçadas.

Ela acertou na quina. Mas não a da loto...

"Tenho certeza de que a mulher que me olhava do outro lado da rua não conseguiu ouvir o meu pedido de ajuda. Mas entendeu que eu precisava de alguém para me levantar. E, junto com o filho, veio me resgatar na hora. Segundos antes, meu chinelo com solado de couro havia escorregado na quina de uma calçada bem íngreme da rua em que moro, na Vila Mariana. Fazia sol, eu não estava apressada. E, num movimento absolutamente banal, caí de costas exatamente em cima desse apoio de concreto. O que veio depois foi a dor mais forte que eu já senti na minha vida, junto com uma sensação de total imobilidade. Sozinha, eu não teria conseguido me levantar. Na verdade, devia ter ficado era deitada mesmo, e chamar socorro dali, para evitar riscos de lesões.

Já no hospital, uma hora depois, veio o diagnóstico: uma fratura na nona vértebra da coluna torácica. E eu que me desse por satisfeita: com uma queda daquelas, podia ter até lesionado a medula, ficando sem andar, por exemplo. Por um simples escorregão na calçada, numa quina.

Tudo aconteceu em janeiro deste ano. Fiquei um mês inteiro deitada, de barriga para cima, saindo da cama para atividades básicas como comer, ir ao banheiro e tomar banho. Depois, foram mais três meses de recuperação lenta, ficando sentada aos poucos, cada vez por um tempo maior. E com o apoio de um colete ortopédico que mais parecia uma fantasia de Tartaruga Ninja.

Agora, em setembro, 20 sessões de fisioterapia e 10 de RPG depois, já posso me movimentar normalmente. A fratura está quase consolidada. Mas fica a lição: passe longe das quinas das calçadas. Esqueça os chinelos com solado de couro, que escorregam. Prefira andar pelo meio da rua se estiver num trecho muito acidentado. Por pior que possa parecer, é mais seguro. Nunca mais ficar de molho outra vez por ter caído na armadilha de uma calçada assassina."

Um comentário:

Mark disse...

Debz,

Que coisa horrível essa estória da Isabela, hein? Impressionante pensar que é mais seguro andar no meio da rua do que nas calçadas... É uma falta de educação impressionante, né?
Falta de educação da pessoa que fez a calçada, não ligar nem um pouco para os usuários, só para a estética...
Incrível como um segundo pode custar tantos meses de recuperação... Será que o dono sabe?

Mark