As calçadas de SP são um remendo só. Cada um faz como quer e quanto maior a criatividade, maior também a chance de se fazer algo lindo de ver e horrível de caminhar. Tem calçada de pedrinha, tem calçada de paralelepípedo, tem cimentão socado, tem aquelas escorregadias que dão medo só de olhar e tem as esburacadas - essas são as campeãs! Andar de salto alto é um desafio e tanto, principalmente nas de paralelepípedo (céus, palavra difícil de escrever!!). E guia rebaixada para deficientes físicos, carrinhos de bebê a afins? Dá para contar no dedo onde tem dessas.
Outro dia, eu e Mr. Peacock fomos ao teatro com a Silvia, nossa amigona, e a Raquel, a filhota fofa dela. A Rá anda de cadeira de rodas grande parte do tempo. Para sair do carro e ir até o teatro, era menos de um quarteirão. Mas eu contabilizei umas três mudanças de tipo de calçada, uma dúzia de buracos e inclinações das mais variadas. Quando a calçada se apresentava muito pouco amigável, tentávamos ir pela rua. Aí a briga era com os carros, sempre em alta velocidade, sempre com muita pressa, mesmo num sábado à noite... Foi uma verdadeira operação de guerra. Acho que a Sil e a Rá já se acostumaram. Mas como foi a minha primeira vez, fiquei horrorizada. Se já é difícil para andantes, imagine só para os cadeirantes.
O tempo passou e eu nem percebi
Há 2 anos
Um comentário:
Adorei o seu blog. Sou amiga, além de xará, da Paloma Cotes e entrei aqui pelo blog dela. Me identifiquei muito. Também sou pedestre e adoro andar pela cidade!
No meu bairro, as calçadas são ruins e cheias de cocô, mas pelo menos são medianamente planas e têm, em sua maioria, rebaixamento para carrinhos de bebê e cadeiras de roda.
Um dia, fui empurrar o carrinho da minha filha (também tenho um bebê) nas calçadas da Vila Madalena e uma rodinha se soltou. Foi uma operação de guerra para recuperar a roda e voltar para casa (de táxi, é claro, pois é impossível carregar um bebê e um carrinho).
Falta padronização e bom senso nas calçadas. Perto do meu prédio, tem uma escorregadia (ãh?). Mas eu sigo caminhando.
Abs,
Paloma Varón
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