Não, eu não "mandava ela brilhar". Mas ao menos ordenaria que fedesse menos. Tenho uma teoria: existe um montinho de cocô de cachorro para cada habitante de São Paulo, até mesmo para quem não tem cachorro. E desconfio que eles se concentram em bairros de classe média alta, como a chiquéeeeerrima Moema, donde vivo. Quanto mais chique, mais cocô na rua. As calçadas aqui das redondezas da minha fortaleza são um verdadeiro campo minado. Desvia daqui, desvia dali, ops, pisou! Tudo bem, dizem que dá sorte (o ser humano que inventou essa teoria deve ter um monte de cachorro em casa). Tenho que ser justa, a turma do "cocô's bag" vem crescendo. Muita gente leva o saquinho na hora da voltinha com o cachorrinho. Eu sempre sorrio para essas boas almas. E rosno para quem ainda não aderiu. Mas mesmo com esse movimento, a fedentina segue. Porque você tira o montinho, mas fica o cheirinho. Fora o xixi, que é um capítulo à parte. Alô, alô perfumistas de cães: ninguém ainda inventou um desodorizante de xixi e cocô especial para as vias públicas?
Um comentário:
Dé, parabéns pelo Blog!
Sei muito bem com quantos buracos se faz uma calçada. Quando mudei para São Paulo, em 2003, tive o privilégio de trabalhar perto de casa. Não mais que 12, 15 minutinhos de boa caminhada e já chegava na agência. Sem trânsito, sem filas, sem buzinas, sem estresse. Só um pouco de cansaço na volta, confesso. Culpa das ladeiras da Vila Madalena. Aposentei os saltos, tentei, em vão, me equilibrar nas plataformas. Calçada inclinada, lisa e até inexistente em alguns lugares.
Em 2006, a dona aí do "brog" virou minha colega e garantiu minhas caronas na volta e, de vez em quando, também na ida. Fiquei só na mordomia!
Desde maio a agência mudou para o centro e tenho encarado diariamente o metrô. Minha sorte é que não encaro os horários mais cruéis. Mesmo assim é preciso um exercício diário de paciência para aguentar os apressados que teimam em passar na frente e empurrar todo mundo e os sem noção que entram antes das pessoas descerem ou ficam plantados na frente da porta atravancando o caminho. "Eles passarão, eu passarinho". rsrsrs
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