quinta-feira, 3 de julho de 2008

Na verdade, nunca tive um carro...

A Vejinha deu um super especial sobre trânsito no fim de semana. Muito bom. Mas senti falta de mais pedestres. Histórias, problemas, soluções. Afinal, não é fácil caminhar numa cidade que foi criada e pensada (haha, antes tivesse sido pensada) para quem anda de carro. Mas uma matéria em especial me chamou a atenção. A da vendedora de carros number one da cidade. A mulher fecha, em média, 60 negócios por mês. Ótimo para ela, que tira R$ 20 mil de salário. Ótimo para quem compra, afinal, ela deve ser boa na hora de oferecer longuíssimos prazos. Mas eu definitivamente não faço a alegria desse tipo de profissional. (Em tempo: também não faço a alegria dos cabelereiros, só corto duas vezes por ano.)

Em dez anos de carta, nunca tive meu próprio carro. Sempre surrupiei o da mamãe, do marido e até de amigos. Nunca tive esse fetiche de sentir cheiro de novo, de passar a mão no capozinho do carro e suspirar dizendo para toda a sociedade: "é meu. é zero". Propaganda de carro não me pega. Mesmo porque, eles só botam homem dirigindo em comercial, e de preferência sempre bonitão, dentes perfeitos, mulher magérrima ao lado, e crianças fofas e super comportadas no banco traseiro. E se não é o papai-perfeito, é o solteiro-jovem-gostosão (nos comerciais de carros esportivos). Tem com as celebridades também. Mas tenho minhas dúvidas se a Gisele Bundchen anda mesmo de Gol...Nem a melhor vendedora da loja que mais vende e nem o comercial colorido me convenceram até hoje. Mesmo porque é caro demais! Não vale.

Talvez um dia eu compre. Talvez eu precise muito. Mas por hora, sigo andando. E surrupiando quando necessário. Talvez seja hora de encher os pneus da magrela...

Um comentário:

Paloma disse...

Que bom saber que te inspirei a ter um blog!!! Eu também era arredia ao mundo digital (sou um pouco analfabeta para algumas coisas ainda). Mas, depois que entrei, me encantei. E isso também acontecerá com você.
Sobre os posts, eles são mais que verdadeiros. Nisso, também temos visão de mundo semelhante. Eu vendi meu carro há um ano. Quer saber? Não sinto a menor saudade. Ando a pé, levo a Isa aos lugares de ônibus, de metrô, e passei a usar táxis com mais frequência. Apesar de caros, se comparados aos custos mensais de um carro (a a chateação do trânsito) são uma ótima solução. Então, eu já aderi ao movimento "Débora Rubin por uma São Paulo melhor". bjos. Paloma