Hoje, na aula, tivemos uma exposição sobre o mercado de carbono. A prof é uma expert no assunto. Mas mesmo ela sabendo tudo, eu continuei sem entender nada! Ou quase nada. Eu entendi basicamente que - na opinião dela - trata-se de um mercado promissor no qual o Brasil, se for rápido, pode ser dar muito bem. E entendi um pouquinho como isso já funciona e como deve ficar num futuro não muito distante.
Deixei a classe reflexiva. Deixei a faculdade pensativa. Olhei aqueles carrões todos brigando para sair do estacionamento e, caminhando pela rua escura que leva até o ponto do meu bumba, cheguei à conclusão de que deveria existir um mercado de carbono private. Eu, que faço o sacrifício de não andar de carro numa cidade como São Paulo, teria direito a cinco créditos particulares. Eu poderia vendê-los num mercado legal e regulamentado ou trocá-los por créditos no meu bilhete único. Poderia ainda repassá-los para uma ONG de minha confiança - que poderia vendê-los e fazer caixa ou ainda para o meu time do coração, que poderia revendê-los com o nobre argumento de que é preciso fazer caixa para sair da série B.
Agorafalandosério: pessoas que abdicam do carro não poderiam ter algum tipo de vantagem nesse mundo que agora se diz socialmente responsável? Afinal, já somos penalizados pelas calçadas remendadas, pelas esquinas assassinas, pelo trânsito que nos atropela e pelos busos e metrôs apinhados de gente. E aí, merecemos ou não um crédito? Nem que seja de carbono!
O tempo passou e eu nem percebi
Há 2 anos
3 comentários:
Débora! Se cada corinthiano que anda à pé em São Paulo ganhasse 1% de pontos válidos num campeonato brasileiro, o Corinthians seria o maior pontuador.
SIM, eu apóio a premiação para "andantes" hahaha!
Eu também apóio. Merecemos algum crédito. Eu não nasci pra mártir!
Bjs,
Paloma V.
Falou em crédito? Onde pego os meus? Aliás, onde podemos ler uma boa matéria sobre esse assunto? Porque eu já entendi a teoria. Mas não vi ainda nada na prática, e pra pessoas como nós...
Paloma C
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