sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A culpa sempre é do pedestre...

Matéria que tá na home do UOL de hoje mostra que metade das mortes no trânsito é por atropelamento. Aí o big big site da Folha coloca um monte de foto de imprudências de pedestres. Cool...afinal, motorista é sempre tão bacaninha né? Sempre para para a gente atravessar. A matéria, vá lá, até faz a mea culpa e diz que motoristas também erram.

Pedestre erra sim. E muito. Eu sei porque também faço minhas besteirinhas. Mas, minha gente, se tem nêgo atravessando fora da faixa e andando fora da calçada, motivo tem. No próximo post, vou colocar uma foto que fiz de uma rua aqui de Moema que mostra exatamente isso - o desrespeito com o espaço "exclusivo do pedestre".

Apesar de responsabilizar o pedestre, hehe, leiam a matéria. Vale a pena. Ela até mostra quais são os cruzamentos mais assassinos da cidade.

Mas o que mais me chamou a atenção foi saber que das 1.212 mortes no trânsito entre janeiro e outubro de 2008, quase metade eram pedestres: 569. Outras 202 eram motoristas ou passageiros, 386 eram motociclistas e 55 eram ciclistas. Quando morre um ciclista, até bike parade na Paulista tem. Mas quando morre pedestre, ah, mais um mané né? Tontinho...

Leia aqui.

:-O

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cada um no seu quadrado - ou no seu guarda-chuva


Ontem eu paguei um preço alto por causa dessa mania de não usar guarda-chuva. Desci do buso na Borges Lagoa - que já tinha virado Borges Cachoeira - e precisava cruzar apenas um quarteirão para chegar ao metrô Santa Cruz. A chuva que caia era tanta que eu acho que resolveu o problema de abastecimento de água para as próximas quatro gerações.
:-O
Minha primeira ideia foi esperar a chuva passar no próprio ponto de ônibus antes de seguir adiante. HA HA HA. Quem disse que cabia? Me olharam com uma cara de: "Hei, garota, aqui não!!". Corri até o toldo mais próximo, o que foi o suficiente para me encharcar, e disputei espaço com duas pessoas que estavam esperando ali. Pô, mas eles tinham guarda-chuva! Quem tem guarda-chuva espera fora do toldo!
:-(
Esperei, esperei e tentei correr até o próximo toldo para, assim, chegar ao metrô de toldo em toldo. Mas toldos os todos - ops! - todos os toldos estavam ocupados. Cada um no seu quadrado, garantindo alguns minutos a menos na chuva. "Se enervei" e saí correndo feito uma retardada (de blusinha branca, para ajudar). Quando finalmente cheguei ao Shopping Santa Cruz, tinha água até no meu ouvido. Estava tão molhada e tão maltrapilha que as pessoas me olhavam com cara de dó - é, mas na hora de dividir o toldo comigo ninguém teve compaixão!
:O
Tive que comprar uma blusa e um sapato. Quis comprar também uma calça nova, afinal, não tem coisa mais pró-gripe que uma calça jeans molhada. Só que as duas lojinhas nas quais eu entrei não tinham a minha numeração. Great! Além de parecer um pinto molhado, descobri que era um pinto molhado gordo.
=/
Depois de tanta humilhação por causa de um capricho de São Pedro, decidi que não saio mais de casa sem um paraguas. A calça jeans vai continuar molhando - afinal, não tem guarda-chuva que nos proteja de dilúvios como o de ontem - mas ao menos não vou ter que ficar disputando espaço no toldo de ninguém.
;-)
ps: gente, me perdoem as falhas com as novas regras de ortografia...muitas ideias ainda sairão com acento

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

455 anos e dois dias


Me sinto como uma mãe desnaturada, que não vai ver a apresentação que o filho preparou para ela no Dia das Mães, na escolinha. Onde já seu viu uma pessoa que tem um blog sobre SP não dar parabéns para a cidade em seu aniversário? Que feio, que feio...


É que no domingo eu não fui passear com o Kassab no centro da cidade. Nem vi as apresentações especiais, nem participei de passeio de bike. Nada disso. Fiz sim uma longa caminhada, mas nada muito simbólico para a data (fui da minha casa até a avenida Jabaquara). E depois passei o resto do dia brincando com minhas amiguinhas Paloma e Isabela.


Mas no sábado, um dia antes do niver desta grande cidade, eu estava lá na Sé, na Caixa Cultural, na abertura da exposição Quaderni de Viaggio. Quando saimos de lá, passamos pelo Pateo do Colégio. Apresentei a obra que marca o início da cidade para um baiano que vive aqui há 18 anos, mas que nunca tinha ido até lá, e para uma recém-chegada carioca.


Pronto. Cumpri com minhas obrigações cívicas para com a minha cidade. :-)
ps: para quem ainda não conhece, eis o Pateo do Colégio na foto acima

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Jornal para motoca-boys!

SP, a capital dos cachorros-loucos, vai ganhar um jornal voltado para os motoboys. Olha a materinha aí no M&M.

Acho que vou fazer uma publication para pedestres! O problema seria arranjar patrocinador para ele...alguma marca de tênis, talvez...e só né? Pronto, já desisti.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Uma viagem ao centro da cidade


Você faz assim: pega o metrô e desce na estação Sé - a mais agitada de todas. Sobe a escadaria e caminha na direção do Pateo do Colégio, deixando a Catedral para trás. No meio do caminho, você vai encontrar a Caixa Cultural. No número 111, para ser mais precisa. Pois bem, a partir do dia 25 de janeiro, pode parar por ali e conferir a exposição Quaderni de Viaggio, de Vincenzo Scarpellini. São os desenhos que o artista plástico italiano fazia de suas viagens pelo Brasil e pelo mundo. São paisagens lindas de morrer retratadas, em sua maioria, no colorido do giz pastel.


Vincenzo era marido da Claudia que é mãe de Sofia que é minha afilhada. Vincenzo morreu em 2006. Além da sua obra-prima master, Sofia - um quadro falante e um tanto invocado - ele deixou quadros maravilhosos de São Paulo, das viagens e uns nus um tanto ousados. Essa exposição foi organizada pela Claudia e a montagem - o termo correto é expografia - é da Silvia (Arruda).


Vale a viagem. Ao centro e aos destinos visitados por Vincenzo - eu particularmente gosto muito dos desenhos feitos em NY pouco antes de ele morrer, depois vocês me contam de qual "viagem" gostaram mais.


Quem quiser ir na abertura (acho que rola um coquetel), tome nota: é do sábado, dia 24, às 11hs.


E vá de metrô! Ir ao centro de carro não tem a menor graça.


:-)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O fim de uma era


Eu não sou viciada em carro. Não mesmo. Mal sei diferenciar uma marca da outra. E fico cada vez mais aflita com a quantidade de autos na cidade. Mas quem me lê sempre sabe do afeto que tenho pela nossa Ferrari-Modelo-Celta. Pois, pois...ela não é mais nossa. Vendemos a caranga ontem para o camarada Anderson. Quando ele foi embora e subiu a rampinha da garagem do prédio, me dei conta de que era a última vez que eu via meu possante vermelhinho. Deu um aperto no peito. Foram cinco anos com esse carrinho. Ele faz parte da minha história com Mr. Peacock. Adeus Celtinha! Vou sentir saudades.


:-(

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SP sobre rodas


Como ando confinada a uma cadeira de rodinhas - a do meu escritório - resolvi fazer um post "teórico", já que tenho deixado a prática um pouco de lado.

- Ando viciada num blog muito bacana de um cadeirante, o jornalista Jairo Marques. Ele é muito divertido! Vale cada post. Ele, que se declara um "malacabado", fala sobre tudo, da dificuldade de conseguir uma pousada acessível aos deficientes nas praias paulistas até a pouca vergonha que é o ensino PARTICULAR brasileiro que até hoje não acordou para a inclusão dos cadeirantes e deficientes no geral - esse causo minha amiga Silvia também pode contar.

- Eu votei na Mara Gabrilli. Foi uma decisão aos 45 do segundo tempo por pura falta de opção e de saco para politicagens e politiqueiros. Mas como simpatizo com a causa dela, acho que foi um bom voto. Pois há poucos meses eu descobri esse blog super bacana feito pela Vera Helena, o Por Uma Cidade Menos...Alheia. O mote do blog é justamente a vereadora. Vera acompanha o trabalho dela e, se preciso for (e quase sempre é em se tratando de política), pega no pé dela. A Vera fez o blog motivada pela campanha do Milton Jung, da CBN, para que todos os vereadores sejam "blogados" e assim acompanhados de perto. Eu vou escolher um vereador para mim também, HO HO HO HO.

- Por fim, para encerrar o tema "SP sobre rodas", minha amiga Silvia Arruda, a mesma que teve dificuldades para achar uma escola inclusiva para sua filhota fofa Raquel, está aprontando alguma coisa aí sobre acessibilidade na cidade de SP. Não sei bem o que é. E nem sei se ainda é segredo. Mas ela anda vistoriando os lugares não acessíveis (ou seja, a cidade toda). Assim que eu souber mais, conto aqui no brogui.
:-)

ps: ganhei o Prêmio Dardos da Vera! Oba!! Vou postar o selinho aqui logo mais. Valeu, Vé!

domingo, 11 de janeiro de 2009

De volta!

Eu voltei, voltei para ficar e andar. São Paulo no verão, me aguarde! Melhor eu comprar um guarda-chuva e uma galocha.

Se você lê esse blog, mas anda mais de carro que a pé – o que é bem mais provável – faça esse teste do site da Veja. Você vai descobrir o quão nervosinho é no trânsito.

E não importa se você é pedestre, motorista, motociclista ou ciclista, aproveite o começo do ano para repensar qual o tipo de relação que quer ter com as demais pessoas que dividem o espaço público com você.

Sexta-feira, dia 9, eu cumpri uma promessa que já tinha passado do prazo de validade. Nem de virada de ano era mais, mas sim de virada de década. Fazia dez anos que eu dizia para mim mesma que ia ser doadora de medula. Desde que minha prima Cíntia morreu em 1999. Demorou, mas eu cumpri. Aproveitei e doei sangue também – coisa que nunca tinha feito.

Se você mora em São Paulo, o único lugar para fazer o cadastro para ser doador de medula é na Santa Casa. Quer ir lá a pé? Tome nota: desça no metrô Santa Cecília, suba a Dona Veridiana e vire na segunda à esquerda. Fica na Rua Marques de Itu, 579.

Só para deixar claro, você não doa a medula na hora. Você fica cadastrado num banco nacional de doadores e se um dia aparecer alguém cuja medula é compatível com a sua, aí sim você será convocado. Para saber mais, entre no site da Associação da Medula Óssea.

E se for a pé, e doar sangue, reserve um dinheirinho para o táxi. Afinal, você sai um pouco zureta depois de deixar quase meio litro de sangue por lá.

Por hora é só! Seguindo a recomendação da minha amiga Manu, vou dar mais dicas de como chegar a pé nos lugares. Aliás, Manu, aguardo suas histórias de “Mamãe a pé”.

:-)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fechado para balanço

Esse blog está em marcha lenta, quase parando, por duas razões muito simples:

1- Faz tanto frio em São Paulo que daqui a pouco vai nevar em pleno verão. Não estou andando a pé...

2- Estou decorando a cartilha com as novas regras ortográficas (ahã).

Volto em breve. Com um blog muito mais dinâmico, informativo (prometo!) e debochado.

Inté!

:-)

ps: esse é o post de número 100!!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Reveillon na calçada

Passei o revlon em SP. Fazia tempo que não ficava por aqui. Fizemos um jantar-festinha no apê para 15 pessoas mais dois babys. Foi uma delícia. Depois da meia-noite, minha doida amiga Silvia sugeriu, em homenagem a esse blog, que a gente fizesse uma excursão pelo quarteirão para ver como é São Paulo na virada do ano. Saímos em comitiva. Oito pessoas, todos de taça na mão, muita champã na cachola e fazendo um certo barulho.

Tudo deserto e escuro. Tentamos desejar Feliz Ano Novo para alguns porteiros, para os poucos carros que passaram e para três pedestres que ficaram morrendo de medo da gente e aceleraram o passo. Mas só fomos correspondidas por uma menina em uma sacada de um prédio que de lá de cima desejava feliz ano novo. Mas não desanimamos. Seguimos em marcha bêbada e até abraçamos uma árvore.

SP na virada é aquilo mesmo que imaginávamos: vazia, escura e com cara de poucos amigos. Por que as pessoas só se permitem cantar, vibrar e farrear quando estão na praia? São Paulo é fria e impessoal até em tempos de festa. Mas nós não. E para provar que somos o avesso (ou seria do avesso?), posto aqui algumas fotos que ilustram nossa noitada "SP a Pé no Reveillon".

FELIZ ANO NOVO!!