sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Escatologia pública

Cena 1

Entro no ônibus e sinto aquele cheiro de chuva e suor misturados. Fico em pé, ao lado de um grandalhão que está sentado. De repente, PUM! Um punzaço! Daqueles bem sonoros. Que nojo! Fiquei constrangida por ele e desviei o olhar - e o nariz. E o cara ainda ficou me encarando. Desci dois pontos depois com vontade pegar meu carro o mais rápido possível.

Cena 2

Um bonitão de terno bonitão e cabelo bem cortado passa ao meu lado. Sapato brilhando, olhar matador. De repente, ele me vira para o lado e dispara aquele catarro. Que nojo! De que adianta ser bonito e porco?

Cena 3

Saio correndo para pegar o bumba e oooops! Escorrego num cacão. Fico na dúvida se é de cachorro ou de gente. Que nojo! Melhor não pensar sobre isso e esperar pela sorte que dizem que dá.

:o)

6 comentários:

João El Helou disse...

Nada de puns, nem cocôs, nem catarros esverdeados. Pelo contrário. Hoje no Sacomã-Ceasa 477-A tive a sorte de conhecer uma menina de sorriso e olhos tão encantadores que fez melhorar meu humor e dos outros 273 passageiros.

Digo menina, porque ainda não sei como se chama. Diz a regra de etiqueta do bumbão que não se pergunta nome na primeira viagem. Gera desconfiança.

Foi assim:
Subi com a ilustrada do dia anterior, na expectiva de ler uma belíssima crítica da Zélia Duncan sobre os 2 belíssimos disco que Maria Bethânea (mais que belíssima) está lançando.

No tradicional espreme e empurra do busão deixei cair uma caneta bic. Na impossibilidade de localizá-la deixei pra lá.

A menina sem nome me avisou do ocorrido. Eu disse que não me importava. Tinha outras.

Passado alguns pontos, e umas 50 pessoas e menos, ela pegou a caneta e me entregou.

Comovido com sua gentileza, peguei a caneta, grifei uma frase do texto da Zélia e entreguei a ilustrada de presente.

Era uma citação da canção Álibi, que é de beleza e força fenomenais: "Eu tenho o álibi de ter nascido ávida".

Cena linda, não...
O que? Achou brega! Meu caro, você está no Sacomã-Ceasa.

Tati disse...

Dêbs, as outras situações já passei.. claro q tenho certeza q foi de cachorro, agora pum? Nunca, credo. kkk

João, parece filme hein. Adoro homens sensíveis (não gay), sensível para grifar uma frase e presentear, eu ficaria encantada. Pena que eu não pego esta linha, já peguei Ceasa-Santana..kkk.

Boa sexta.

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Ai que podre!!!!!

Gostei de ver a senhora retomando o blog. Arrasa.

Beijos,

Bela - La Divorciada

Mark disse...

Erm... Acho que no que se refere às fezes espalhadas pelas calçadas, jardins, ruas e paredes paulistanas a sorte é não cair em cima... pq nunca tive outra sorte.

Mark disse...

PS: Curioso que a VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS que veio neste meu último comentário foi "irshat". Curiosamente, "shat" é o passado de "shit"!
Não vou "escatologizar" mais seu blog!

amanditas.com disse...

Olá,

Um dia destes estava indo p/o alto de Santana. O ônibus sai do metrô de Santana e como eu iria descer logo, nem sentei, fiquei perto da porta, porém de costas, naquele espaço p/cadeira de rodas... Já havia uma rapaz ali, de frente p/a porta e olhando todas as meninas (gostosas) que desciam.

De repente, senti um cheiro horrível, de coisa podre, de saco de lixo da semana inteira...

Demorou p/eu entender que o cheiro horrível vinha da boca daquele rapaz (ele tinha acabado de bocejar na minha frente).

Se o cara tem um hálito destes, imagina o resto :(