segunda-feira, 30 de março de 2009

Minha primeira vez com carrinho de bebê

Fui passear com a minha mana Marri e minha sobrinha Marina pelo chiquérrimo bairro de Higienópolis. Para andar com carrinho de bebê em SP, é preciso prestar atenção em alguns pontos:

1- Guias (não) rebaixadas

Em tese, todas as esquinas de Higienópolis têm guia rebaixada. Mas como vivemos no Brasil e aqui nada é 100% padronizado, 100% organizado e nem 100% confiável, algumas esquinas escapam à regra. Aí é um tal de uma segurar o carrinho pela frente e a outra por trás para descer a baby-caranga.

2- Festival de calçadas

A diferença entre as calçadas é outro episódio. Sobe, desce, sobe, desce, buraco, buraco, garagem, latonas de lixo, caquinha de cachorro, opa!, desvia do mendigo. Como a Marina tava dormindo, a Marri ainda me cobrava cuidado redobrado. Consegui não acordar a Marina, apesar de alguns solavancos.

3- A pressa das pessoas

Carrinho de bebê é um troço que ocupa espaço. E como espaço é artigo de luxo em SP - inclusive nas vias públicas - carrinho de bebê é visto como um obstáculo irritante. Várias pessoas ultrapassaram a gente com uma certa irritação. Bufando, como quem diz: São Paulo não é cidade para bebês! Caia fora daqui!

4- Faixa de pedestre

Faixa de pedestre existe em quase toda esquina. O que não existe muito é farol de pedestre. E o que não existe nada é educação de motorista. Uma coisa é você atravessar correndo antes que o carro chegue perto. Outra é atravessar correndo com uma baby-caranga portando um bichinho de 4 meses dentro. Sem chances. Ficamos, juro por Dios, uns cinco minutos esperando para atravessar uma das esquinas.

Resumindo, achei um bocado complicado esse lance de andar com carrinho de bebê em SP

:-S

quarta-feira, 25 de março de 2009

Os donos da rua

Ontem, de saco cheio do Jornal Nacional, mudei para o Jornal da Record e vi uma reportagem muito bacana. Eles estão fazendo uma série muito legal chamada "Os Donos da Rua". A ideia é justamente mostrar os abusos e a falta de respeito nas ruas das grandes cidades.

Na reportagem de ontem, eles mostraram como é difícil andar pelas calçadas de SP, sobretudo quando os imóveis estão em obras. Quem faz a obra deveria providenciar um acesso seguro para pedestres, ainda que invadindo a rua. Mas não é o que acontece. Óbvio. (Vou colocar uma foto de um prédio aqui de Moema que deve estar sendo construído faz uns 3 anos. E faz uns 3 anos que não tem calçada naquele trecho).

Depois eles mostraram dois casos bizarros: o de um poste que fica no meio de uma rua e o de uma casa que avança na rua, interrompendo a calçada e obrigando os pedestres a passar pelo meio da rua.

Pena que eu não achei nada no site da Record nem no Youtube. Mas acho que hoje tem mais. Vale a pena ver. E refletir. Afinal, quem são os donos da rua?

:-)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tango na rua!

Que máximo isso! Desde ontem (quarta) há dançarinos de tango espalhados pelas ruas de SP.

Vejam os dias e horários que eles estarão rodopiando por aí.

Quinta-feira, 19/3

Vão do Masp - 12h
Em frente ao Sesc Paulista - 13h
Rua Aspicuelta - Vila Madalena - 18h
Rua Fidalga - Vila Madalena - 19h

Sexta-feira, 20/3

Esquina das ruas Oscar Freire com Consolação - 12h
Esquina das ruas Estados Unidos e Augusta - 13h
Rua Amauri - 18h
Rua Amauri - 19h

Saiba mais aqui.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Mas podia ser pior...

Bem-feito para moi. Quis tanto sair do meu cubículo e andar de busão que acabei tendo isso tudo em dobro. Com direito à chuva, metrô-estação-da-Sé às 18h e dificuldade de encontrar um mísero ônibus ou táxi para voltar para casa. Sem ter nenhum meio de transporte disponível no Metrô Santa Cruz, abri o guarda-chuva que mamãe me deu de presente após ler esse post aqui, e desci a Loefgreen caminhando até achar um bumba. Quando olhei a minha frente, uma moça tentava segurar o guarda-chuva, uma mochila e uma bolsa, se equilibrando sobre um salto agulha. Olhei para ela, para mim, para ela, para mim e lembrei do bordão da minha amiga Helaine, que estava hospedada aqui em casa semana passada: "Mas podia ser pior...".

domingo, 15 de março de 2009

Kill Bill 1

Não ando mais a pé. Passo horas a fio sentada na minha cadeira, olhando para o cubículo que é meu escritório, montando um quebra-cabeças de informações que, em tese, formará uma linha do tempo de uma empresa super-super que está no Brasil há duas décadas.

Que saudade de pegar um busão...

Maledeto trabalho.

:-(

terça-feira, 10 de março de 2009

Isso daria certo aqui em São Paulo?

Ou só faria o trânsito ficar ainda mais parado? hehehe.

domingo, 8 de março de 2009

Anão de garagem

Na última semana eu não postei nadica porque só andei de táxi com ar condionado. Foi uma semana de calor lascado de mais de 30 graus. Andar a pé com um tempo assim, só à beira da praia!

Mas hoje, domingão, Peacock e eu fomos fazer nossa caminhada dominical de um lado diferente. Fomos caminhar no Planalto Paulista - um dos últimos redutos da cidade onde só há casas. O bairro tem um quê de abandono. Uma coisa meio decadente (isso sem considerar os travecos voltando da labuta às 10h da manhã).

Mas é gostoso de andar por ali. Não tem tanto carro como em Moema e tem umas casinhas bem charmosas. No entanto, o que mais me chamou a atenção mesmo foi a quantidade de anão de garagem. Sim, porque o jardim não existe mais, mas os anões continuam lá. Juro por Diós, acho que contei umas dez casas com anões. Uma tinha até a Branca de Neve. Lamentei não ter saido com a máquina para registrar a decoração preferida das casas do Planalto Paulista.

:-P

domingo, 1 de março de 2009

Uma cobradora

Eu sou aquela mala que puxa papo em ônibus, sabe? Sim, você me detesta, eu sei. Mas sabe que tem gente que gosta de mim? Pois na última semana eu fui acompanhar minha prima (que vai casar sábado que vem) num bater-pernas pela Zepa. Combinamos um encontro no busão - sim, isso é possível em SP! Peguei o Estação da Luz na Ibirapuera, liguei para ela quando estava cruzando a Paulista e, quando chegou lá no ponto dela, fiquei acenando feito tonta pelo vidro.

Mas todo esse lead nariz de cera é para contar que antes de minha prima entrar no bumba, eu conheci a Tatiana, a cobradora do coletivo. Com a mesma idade que eu, 29, mas com dois filhos pesando no orçamento, a Tati (fiquei íntima em minutos), é uma dessas mulheres guerreiras que eu tanto admiro.

Além de acordar às quatro da matina para entrar no trabalho e cuidar de dois pimpolhos, a Tati faz faculdade de serviço social à noite. Perguntei como ela faz para estudar. Ela disse que carrega as apostilas no ônibus e mandar ver enquanto o povo roda a catrata. Isso só é possível, diz ela, graças ao bilhete único. Como quase todo mundo tem, seu trabalho é bem limitado.

Ela me disse que ainda não tem um PC em casa. Então, quando precisa fazer os trabalhos, corre para uma lan house logo após o expediente. Ela não pára.

Ser cobradora, me disse, é uma função, não profissão. Quando terminar a faculdade, ainda este ano, espera já estar atuando na área.

Me contou tudo isso no maior alto astral, com um brilho no olhar daqueles de dar inveja. Sua única queixa é ter que fazer a linha Estação da Luz-Terminal Santo Amaro. "Ai como é demorado esse ônibus..."